Intervenção urbana “Aqui Bate um Coração” chega à Europa

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Em uma manhã de 2012 a cidade de São Paulo acordou com parte de seus monumentos aos personagens da nossa história com corações fixados ao lado esquerdo do peito, iniciando um movimento que tomaria outras cidades do Brasil, países da America Latina e por fim, até o velho continente. Esta foi a intervenção urbana intitulada Aqui bate um Coração, que rapidamente caiu no gosto da população e da imprensa de todas as cidades em que ela existiu.

Realizei uma entrevista com o Rodrigo Guima (foto) – um dos criadores da ação – que acaba de chegar de sua viagem à Europa, onde deu vida aos monumentos e ampliou o alcance da intervenção:

UOD – Qual é a ideia por trás do “Aqui bate um Coração”?
RG – A ideia é bem simples: provocar. De pedra ou de bronze, as estátuas remetem ao corpo humano. O coração é um signo universal e o laço emocional que queríamos com as pessoas que parassem no meio do caos para olhar a intervenção e, consequentemente, olhasse pra dentro de si e refletissem o modo como tem tocado a vida.

UOD – Quais foram os motivos para que a ação ganhasse novos adeptos em outras cidades?
RG – Acredito em dois pontos cruciais: o fato de o movimento esbarrar em pessoas que estão com esse sentimento latente e a simplicidade na maneira de ele tornar-se replicável. Bastam apenas corações, alguns amigos e estátuas. E isso encontra-se no mundo todo.

UOD – Em sua recente viagem, voce levou a ação para a Europa. O que foi diferente na execução desta intervenção em outros países?
RG – O que é diferente, neste caso é o mais belo e simples: o encontro. Em cada cidade que pisei lá fora, assim como no geral, eu sempre fico alerta para identificar pessoas que foram fisgadas de coração pelo movimento. Geralmente são pessoas que estão passando pelo mesmo sentimento, seja em São Paulo ou Paris. E estão prontas para protagonizar essa história. Todo o processo é delicioso e para mim, uma honra escalar as estátuas de Marx, Engels, Goethe.

Assista ao vídeo:

Foto: Rodrigo Guima cola os corações no monumento à Marx e Engels, em Berlim. 

Valeu pela entrevista e até as próximas ações!

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