Lições de um ano histórico

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A sexagésima edição do Festival Cannes Lions de Criatividade vai ficar para a história.

Um pouco por ser a comemoração de um jubileu incontestável – 60 anos, para um festival de “propaganda”, não é pouca coisa.

Um pouco também por, em se tratando de uma marca como essa – 60 anos; as expectativas foram multiplicadas e a visibilidade para tudo que envolveu o festival também. Muito, em parte, por ter tido o engajamento e a participação de todos que estiveram por lá, desde o backstage até os premiados.

Mas, muito mesmo, na maior parte, porque o festival apresentou alguns caminhos definitivos sobre como fazer comunicação e nos apontou, de forma madura, tendências dos últimos anos transformadas em realidade.

A palavra de ordem são (ainda bem) várias: ideia, criatividade, pertinência – que nunca saem de moda – se juntam a engajamento, a conteúdo, a escala, a distribuição, a mobile e a tecnologia. Se pensarmos apenas nos Grand Prix em todas as categorias deste ano, vamos perceber de forma clara que esta rede de palavras está neles. Outra coisa: o digital passa, de uma forma ou de outra, por todos eles, sem ser um elemento estranho, mas como algo que está (ou pode estar) no DNA das ideias. Assim, na minha opinião, começa a fazer cada vez menos sentido um categoria única para “cyber”, já que ele está em tudo.

Foi um ano histórico para o Brasil, com premiações variadas e Grand Prix em categorias importantíssimas no mundo contemporâneo, como Promo e Titanium. Tivemos 115 leões, incluindo o de Agengy of The Year para a Ogilvy & Mather Brasil. Parabéns pro Musa, pro Anselmo, pro Roberto e todos do time.

Foi um ano importante para consolidar, no lado dos seminários / painéis / workshops, a presença de clientes, da mídia e como os criativos tem se sentido cada vez mais à vontade junto deles. Parece uma questão que deveria ter sido superada mas ainda há chão quanto a este assunto. Por outro lado, este fato apresenta uma tendência em supervalorizar Tecnologia, Plataformas e o Business em mídia de maneira talvez exagerada. Vamos ver daqui pra frente. A grande expectativa dos prêmios era sobre o Innovation Lions, júri presidido pelo David Droga. O resultado foi interessante, mas a categoria terá que provar que pode criar aderência com a Publicidade de maneira mais explícita. Isso vai passar por questões como Conteúdo, Integração, Promoção – ou seja, pode cair no dilema em que a categoria Cyber se encontra.

Por fim, foi muito bom ver a presença relevante e cada vez maior de brasileiros, como protagonistas de vários momentos do festival. É bom saber que nosso país é querido e gosta de ser escutado. É bom saber que podemos entregar conteúdos nas mais variadas plataformas possíveis que o festival disponibiliza.

É bom saber que o mundo está de olho em nós.

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