Juan Pujol, o espião que enganou Hitler (várias vezes)

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A historia de Juan Pujol é elaborada e incrível demais para resumir em um post.

Vou dar uns highlights, se interessar, procure mais.

Pujol era um pai de família, espanhol e inconformado com o domínio Nazista durante a segunda guerra mundial.

“Pelo bem da humanidade”, resolveu se oferecer como agente secreto aos britânicos.

Foi recusado, 3 vezes.

Decidiu então mudar de estratégia.

Foi para Alemanha e se ofereceu aos nazistas, se apresentando como um hitlerista fanático com facilidade de circulação pelos altos escalões do exército britânico.

Foi aceito e recebeu um curso rápido de espionagem e criptografia, uma garrafa de tinta invisível e documentos falsos. Com essas credencias todas, ofereceu serviços novamente aos britânicos que, dessa vez, o aceitaram.

Durante 4 anos Pujol foi o espião mais criativo que já se ouviu falar.

Para os britânicos era Garbo. Para os alemãs era Arabel.

Conseguiu uma excelente reputação junto aos Nazistas por entregar informações muito detalhadas, mas sempre minuciosamente administradas para chegar com o menor atraso possível para uma reação ou com algum detalhe faltando para desviar a investigação alemã para direções erradas.

Criou uma rede fictícia de 27 espiões e conseguiu remuneração dos nazistas para cada um deles. Criava roteiros para todos, usava guias de viagem para simular infiltração por toda Inglaterra. Chegou a receber o equivalente a 300 mil dólares para manter sua rede.

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Simulava de tudo para justificar os equívocos: prisões, mortes de agentes (com auxílio monetário para a viúva inclusive), dava broncas homéricas nos nazistas toda vez que fracassavam e ameaçava toda hora a abandonar seu posto. Usava o tempo que os nazistas demoravam para responder por criptografia para elaborar com o máximo de detalhes informações já velhas para dar a impressão que a culpa não era dele.

Usava toda sua criatividade para escrever sua novela de guerra em que era o protagonista junto com seus 27 personagens. Um autor, em tempos de guerra, “pelo bem da humanidade”.

Virou um grande comandante infiltrado no inimigo.

Sua maior proeza foi ter enganado e desviado o exército alemão na “Operação Overlord”, a invasão dos aliados na Normandia, o Dia-D. Suas intervenções desviaram os nazistas para os lugares errados e são apontadas como a base do sucesso da operação. Sem Pujol, aquele famoso desembarque dos barcos teria sido recebido de outra maneira.

Foi o único espião a receber as condecorações mais altas de ambos os lados de inimigos de guerra

Depois da guerra voltou a sua vida normal e morreu pacificamente, já velhinho, em 1988.

Certamente 4 anos extraordinários embutidos em uma vida ordinária. Mas com muita coragem e imaginação. Seres humanos especiais.

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