Patente de “Máquina Voadora” (1869)

Patente de “Máquina Voadora”, de 1869.

O primeiro vôo (mais uma breve flutuada) dos irmão Wright aconteceria só 34 anos depois e nosso Alberto Santos Dumont decolaria (de verdade) 37 anos depois.

Antes disso, sabe-se lá quantos morreram tentando voar. Admiráveis figuras, uma mistura de inventor e cobaia, de criador e criatura. Provavelmente o avião teria sido inventado antes se tantos não tivessem morrido logo no primeiro modelo, pulando da ribanceira. Isso é que é coragem né? Inventar um treco e botar tanta fé no seu taco que é capaz de arriscar a própria vida testando seu invento.

Dizem que o primeiro registro histórico (embora muitos considerem mito) de uma tentativa de vôo, foi de um rei. Registro, porque imagino que na idade da pedra um monte de gente deve ter morrido pulando de barranco e só mexendo os braços mesmo, na raça. Enfim, o tal Rei Bladud era de “Nova Troia” e foi em 850 AC. Era uma figura excêntrica, meio mágico, meio curandeiro. Praticava necromancia, dizia falar com os mortos e foi deles que recebeu instruções detalhadas para construir sua “máquina de voar”. Deve ter recebido o projeto de algum parente morto saudoso, que o queria por perto porque o Rei Bladud se jogou da montanha e morreu na hora. Foi pro céu, ganhou asinha. Mas não como tinha planejado. Aliás, informação off-topic, mas interessante: deixou um herdeiro, o Rei Lear, aquele do Shakespeare.

Enfim, dei de cara com esse desenho de patente acima e fiquei pensando nesses malucos, capazes de fazer jus ao termo no bom e no mau sentido da palavra.

Quantos será que morreram tentando? Uns 1000? Mais? Menos?

Todos serviram de escada para chegarmos no avião do tipo que voa mesmo. “Standing on the Shoulders of Giants”!

[via]

 

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