Você é um prisioneiro, em uma solitária.
Seu único contato com o mundo exterior é feito através de 5 motoboys que ficam à sua disposição e trazem todas as informações.
Não é difícil concluir que a sua noção do mundo depende do que é recolhido pelos seus 5 mensageiros. A eficiência deles é o seu limite.
Todos nós temos de fato esses mensageiros. Nós e todos os outros animais do planeta. São os nossos sentidos: a visão, a audição, o paladar, o tato e o olfato. Na verdade os cientistas dizem que temos mais do que esses 5, mas não vamos entrar nesse mérito. O que importa é que nosso cérebro está dentro de uma solitária escura que é nossa cabeça e recebe informações de alguns mensageiros.
Por exemplo: o mensageiro “visão” do cachorro é pior do que o nosso. Mas o mensageiro “olfato” deles é muito mais competente. E assim é o reino animal, com uma gama enorme de mensageiros de competências variadas.
Essa ideia dos mensageiros sempre me fascinou. Afinal, pensando assim, quanto de fato as coisas são como achamos que elas são?
O conceito é objeto de estudo de muitos cientistas, de roteiros de infindáveis filmes, de incontáveis estudos, antes até da famosa “Alegoria da Caverna” do Platão.
Por isso desculpe frustrar, mas esse post não conclui coisa alguma, quem sou eu para ter essa pretensão. Mas acho que plantar essa ideia na cabeça dos outros é sempre divertido. Leve-a para o banho, para o travesseiro.
Você e seus mensageiros…
Que nota daria para eles?
O quanto você confia nesses caras?
É possível torná-los mais eficientes?
Quanto do mundo você acredita que eles já cobriram? Quanto deixaram de cobrir?
Que tamanho tem a sua cobertura do mundo?
Por enquanto, deixo um incômodo gráfico, só para aguçar seus pensamentos.
“Na grande cena de todas as coisas, somos praticamente cegos e surdos.”
E se for caçar, leve um cachorro.
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