SXSW MUSIC: Cadê o seu playlist?

Quem me conhece, sabe que sou um viciado em festivais e há muitos anos vou a todos que puder e a agenda permitir. E, de todos que já fui, se tivesse um tiro só para usar, certamente seria o SXSW. Toda a informação que nerds da música, geeks tecnológicos, malucos por rock’n roll do indie ao velhaco, novidades interativas, filmes excelentes e inovadores, tudo esta aqui.

Esse ano peguei minha badge Platinum, que é a credencial mais powerfull e te dá direito a entrar em tudo relacionado ao Interactive, Films e Music, seus eventos, shows e seminários. Com essa inscrição você pega uma fila menor e tem preferência
na entrada das melhores atividades. Filas são constantes e não conseguir entrar no teu evento preferido também (é desesperador).

Ok, isso tudo é sobre a infra. Vim, principalmente pela música, ja que trabalho com isso e em segundo lugar pelo universo de novidades tecnológicas no mundo interativo e filmes não usuais em nossa agenda de cinemas.

Esse ano participei de todos os seminários que pude sobre música e um dos assuntos principais foi música por streamming e seus aplicativos. Nunca foi tão fácil ouvir quase tudo o que foi produzido comercialmente ao longo dos anos apenas com o toque dos dedos no seu celular.

São várias as plataformas: Rdio, Beats, Deezer, Spotify, Songza, Bandcamp, KCDWradio, Milk, Tastemaker, Pandora, Purifier, 8Tracks, Soundtrack, iHeartRadio, WunderRadio, SoundCloud, GooglePlay e todas as outras que já existem e ainda não conheço. Cada plataforma tem suas características próprias e a disputa, entre elas, não é só na tecnologia, mas (também) no design e na, principalmente, na curadoria de suas músicas. Aposta boa para atrair novos seguidores.

Curiosamente, participei de vários seminários onde o assunto principal foi a filosofia por trás da tecnologia. “Por que alguém escolheria as músicas que eu ouviria em aplicativos de musica por streamming?” “A super disponibilidade não teria feito a música perder seu valor?” “Quem esta por trás disso e saberia o que eu deveria ouvir?”

O processo de ouvir música ficou robotizado ou foi pensado e preservado o lado humano ao escolher o estilo de cada um e o que se quer ouvir? Quando essa tecnologia chegará ao rádio e sistema de som de nossos carros? Permitindo-nos ouvir nossos playlists e streamming preferidos?

Muito foi discutido sobre o que é o “seu playlist” e quais são as músicas que a rádio definiu por e para você, ou seja: isso é o não é o “seu playlist”?

Um dos principais investimentos em andamento na indústria do áudio está direcionada ao fone de ouvido, para aumentar sua fidelidade a custo acessível, justamente por esse universo da musica estar tão portátil e dirigido a uma pessoa e um smartphone. Querem aumentar o prazer dessa experiência aumentando a qualidade (de tanta disponibilidade e contato acabamos com os ouvidos mais exigentes e querendo mais por menos).

O que, para mim, ficou claro – tirando saudosismo e filosofias excessivas – é que nunca foi tão fácil e absurdamente próximo de todos os seres desse planeta a disponibilidade dessa “musicoteca” gigantesca e milhões de músicas por um preço realmente baixo.

O prazer de encontrar o que você quer ouvir instantaneamente é demais e a revolução nesse sentido, gigantesca.

A forma de ouvir, comercializar, divulgar, ter essa curadoria automática pessoal e, principalmente, do prazer
de ouvir a música que você adora, nunca foi tão fácil. Todas as músicas estão aqui e lá para você pesquisar e fazer sim, o “seu playlist” e compartilhar.

*A cobertura do Update or Die tem o oferecimento do Santander. Apoio cultural do Twitter Brasil e Apex-Brasil, parceria de conteúdo com a Revista Trip e a produtora de áudio Luchalibre. 

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