Esse nas fotos é Maurice Tillet, um francês nascido em 1903 e considerado um menino-prodígio, com iteligência acima da média, fluente em 14 (!) línguas e enxadrista campeão. Seu apelido quando criança era “The Angel” por causa de suas feições delicadas.
Com 20 anos, Maurice foi diagnosticado como portador de Acromegalia, também conhecida como gigantismo, uma síndrome causada pelo aumento da secreção do hormônio de crescimento (GH e IGF-I) em adultos.
Ao saber de seu prognóstico, Maurice desistiu de sua carreira como advogado porque percebeu que sua aparência seria um obstáculo. Decidiu então seguir sua vontade de virar ator e acabou se transformando no “French Angel“, um lutador profissional.
O sucesso foi tão grande que logo Maurice começou a estampar as capas das revistas e a aparecer em filmes, como sempre sonhou.
Durante a década de 40, foi um personagem tão popular quanto o Shrek é hoje em dia. E, ironicamente, sua vocação foi satisfeita justamente por ser “feio”. A vida tem umas voltas que realmente fazem a gente pensar em quem é que escreve esses roteiros.
COMO MAURICE VIROU SHREK
Em 1953, Maurice morreu, não da Acromegalia, mas do coração mesmo. Um de seus amigos, o escultor Louis Linck resolveu fazer uma máscara mortuária e, depois, um busto em homenagem ao amigo e sua carreira como lutador.
o personagem já veio em 3D
A peça foi parar primeiro em um museu de medicina chamado International Museum of Surgical Science, mas o apelo popular acabou levando a peça para um museu público, o York Barbell Museum. E foi lá que ficou famoso entre os animadores da época, sempre caçando inspirações para novos personagens. De lá, foi parar na Dreamworks, desbancando outros Shreks que estavam também tentando nascer.
A própria história por trás de Shrek merece um post à parte, sobre o ex-executivo da Disney que é afastado e resolve criar o anti-conto de fadas, usando ex-colegas como inspiração para a trama e os personagens. Se quiser ler sobre isso, vale muito a pena.
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