Voluntário Virtual MSF e a audiência das pessoas

post de Rafael Ferrer, Publicitário e Sócio na www.quintal.cc

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Há uns dias a Internet entrou em parafuso com a possibilidade de uma epidemia mundial de Ebola. Um medo que só apareceu agora, quando a ameaça chegou perto da gente, mas que poucos tinham enquanto o vírus estava matando (há meses) apenas lá longe, no continente africano.

Tem gente que vai dizer que o mundo não liga pra África. Prefiro pensar que o mundo talvez só não tenha muitas notícias sobre o que acontece por lá. Até porque se o problema for informação, os Médicos sem Fronteiras podem ter encontrado uma boa saída.

Os Médicos sem Fronteiras são conhecidos por levar cuidados médicos a lugares onde acontecem guerras, epidemias, desastres naturais… lugares onde quase ninguém chega, incluindo a imprensa internacional.

É por isso que, além de médicos, o MSF manda jornalistas para os locais onde atua. Cobrir a situação, construir conteúdo próprio e espalhar tudo isso pelo mundo foi o jeito que eles encontraram pra ajudar a fazer com que a realidade dessas pessoas não seja mais ignorada.

Uma ideia brilhante, mas que era limitada pelo fato da organização não ter um jornal, um canal de TV ou, quem sabe, um grande portal de notícias à sua disposição. Para fazer com que a informação chegue a mais e mais gente, o MSF sempre precisou das pessoas. E foi pra ajudar nessa parte do trabalho que desde o começo do mês eles colocaram no ar o projeto Voluntário Virtual MSF.

O projeto tem como objetivo unir pessoas interessadas em doar sua influência digital, seja ela qual for, para ajudar Médicos sem Fronteiras a disseminar seu conteúdo. Através do site da organização, os Voluntários ficam sabendo qual o conteúdo prioritário a ser divulgado. Eles se inteiram da situação, sua importância e, a partir dali mesmo, encarregam-se de espalhar as informações pelas redes sociais, por email ou por onde mais acharem interessante.

Juntando a influência de todos os Voluntários Virtuais, uma audiência considerável começa a ser formada. A audiência que os Médicos sem Fronteiras precisavam para contar o que está acontecendo, por exemplo, na antes tão distante Libéria.

Nesses dias em que continuamos repetindo que o poder está nas mãos das pessoas, que a comunicação precisa envolvê-las de verdade e que, para isso, as marcas devem ter um propósito claro, o projeto dos Médicos sem Fronteiras ganha ainda mais valor. Isso sem contar aquela velha discussão sobre até que ponto o ativismo de sofá (pra quem é contra) ou ciber-ativismo (pra quem é à favor) efetivamente pode contribuir para uma causa e ser um real vetor de mudança. Se a causa for a dos Médicos sem Fronteiras, a resposta parece ser sim.

Crédito das fotos:
Em destaque: Juan Carlos Tomasi
No post: Matteo Fasani

Ficha Técnica:
Cliente: Médicos sem Fronteiras Brasil
Projeto: Voluntário Virtual MSF
Criação: Quintal
Produtora Digital: Hadrons.io
Aprovação/cliente: Jessica Urdangarin e Carolina Pimentel

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