O Festival Path quer nos levar à plenitude

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Guest Post por Pedro Jansen, jornalista especialista em Cultura.

Enquanto o sol se põe em Pinheiros e o fim do Festival Path começa a se aproximar, as fronteiras entre o que é etéreo e permanente nos ensinamentos transmitidos aqui começam a se diluir. Os cinco andares do Instituto Tomie Ohtake estiveram tão cheios de ideias e vontades que é praticamente impossível não tomar o que foi dito durante todas as palestras como um chamamento para as nossas vidas. E aí, do etéreo da fala que some quando o som para de se propagar, passamos para a permanência da ideia dentro de nós mesmos.

Ouvimos e descobrimos muito nesses dois dias. Às vezes parecia até ensaiado, dada a proximidade de tantos depoimentos e declarações que pescamos com palestrantes e debatedores. Depoimentos de entrega e disposição. De efetiva preocupação com os caminhos que a nossa vida deve tomar para que sejamos plenos. E essa é uma ideia muito forte. Uma ideia tão forte que poderia traduzir o Path. O Festival Path quer que sejamos plenos.

Ser pleno, diante de todo o conhecimento compartilhado aqui, é se entregar mais às verdades que podemos até tentar ignorar, mas que nos confrontam a cada dia ruim de trabalho ou a cada crise na nossa vida pessoal ou nos nossos relacionamentos. Essas verdades só começaram a reverberar em nossos cérebros. Arrisco dizer que a grande utilidade (se formos pensar por um viés “utilitarista”) do festival que aconteceu neste último fim de semana de abril foi fundir cucas e provocar a transformação das confusões e necessidades despertadas ou cutucadas aqui em ação.

Vamos para casa matutando sobre como precisamos reaprender a nos relacionar com a tecnologia e consumo, por exemplo, mas também como levar a paixão que temos pelas coisas que fazemos e não chamamos de trabalho para aquilo que paga nossas contas no fim do mês. Ainda que isso implique em abandonar uma pela outra.

E tomara que implique mesmo. Tomara que muitas pessoas que estiveram no Festival voltem para casa atordoadas, tentando entender como retornar às suas rotinas depois de serem expostas a tantos convites à essência do que nos move. Leva tempo, exige coragem, dedicação e comprometimento, mas tem como recompensa o alívio de estarmos sendo sinceros conosco. Porém, como podemos querer retorno melhor numa época em que nos dizem tanto que precisamos saber valorizar o nosso tempo? Hora, então, de considerar a paz que a sinceridade provoca como o melhor retorno sobre o investimento do nosso tempo.

Hora da ação.

O Update or Die é apoiador cultural e de mídia do Festival Path e a nossa cobertura tem o apoio da cerveja SOL. Já estamos ansiosos para, na edição de 2016, reencontrar quem conhecemos aqui e descobrir que resultados tantas reflexões provocaram. Torcemos para que os melhores.

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