A hora das marcas pensarem nas cidades

pathtesta2Gilberto Dimenstein, do Catraca Livre, e Mauricio Magalhães, da Agência Tudo, fizeram uma dobradinha em dois painéis do Festival Path: um sobre o empoderamento do consumidor e outro sobre o aproveitamento das cidades como ativo das marcas. E é sobre o segundo que resolvi falar.

Para a apresentação, o Ibope realizou uma pesquisa exclusiva com 523 pessoas de Rio e São Paulo. Os números não assustam: para a maioria, ações específicas adicionam valor agregado às marcas. 65% dos respondentes no Rio e 64% em São Paulo afirmam que as marcas deveriam repensar seu papel na sociedade. Para 38% dos respondentes no Rio e 32% em São Paulo, seria perfeitamente normal trocar suas escolhas na hora da compra por causa de iniciativas realizadas para o bem das cidades. Ações de sustentabilidade ficam em 2° lugar na hora de escolher uma marca (apenas atrás da relação custo x benefício).

Aproveitando o gancho, Dimenstein e Magalhães exibiram uma série de esforços que foram realizadas pelo mundo. No Peru, um outdoor pensado pela Mayo DraftFCB para a UTEC (Universidade de Engenharia e Tecnologia) de Lima produziu água potável a partir do ar – case que ganhou três Leões de Ouro (dois em Media e um em Outdoor) no Festival de Cannes, em 2013. A ‘Árvore que Sente‘, criada pela Y&R Brasil para o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, que marcou o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, em março de 2014, também foi destaque.

O ‘Enterro do Bentley‘, aquele case que enganou toda a imprensa nacional, também foi lembrado – bem como o belíssimo ‘Unbreakable Hope‘, da Africa para o GRAAC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer). O joalheiro Ara Vartanian transformou fios de cabelos de pacientes da instituição em diamantes utilizando uma técnica especial.  A campanha ganhou também uma exposição fotográfica com clicks dos pacientes pelas lentes do fotógrafo Mauricio Nahas utilizando os anéis, que depois foram leiloados. Sensacional.

Foram várias ideias bacanas, mescladas com outros cases de sucesso internacional: ‘Decode Jay-Z with Bing‘, ‘The Dancing Traffic Light Manikin by smart’ e ‘The Musical City’, para Toyota – os dois últimos, que são menos conhecidos, vão abaixo.

Muitos exemplos bacanas. Mas a pergunta que fica, para o nosso mercado: quando as marcas farão ações que efetivamente fazem o bem para a sociedade, pensadas desta forma, e não criadas para (e, às vezes, preferencialmente) ganharem prêmios? A hora chegou.

coral-02As marcas e suas agências têm que acordar e lembrar que fazer o bem sempre vale a pena (independente do lápis, leão ou seja lá o que elas vão ganhar depois). Como no projeto “Tudo de Cor para você“, das Tintas Coral, que já visitou cidades de 19 estados. Em março, com a presença do tenista Gustavo Kuerten, foi lançado o mutirão #PintouRio450, que pretende levar mais cores para a Comunidade de Santa Marta, no Rio, com a presença de 450 voluntários. Isso sim é usar a marca para fazer o bem.

https://youtu.be/SB_0vRnkeOk

https://www.youtube.com/watch?v=i8SYjEpWS08&feature=youtu.be

O Update or Die é apoiador cultural e de mídia do Festival Path e a nossa cobertura tem o apoio da cerveja SOL.

 

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