UX Choreography: como a Disney contribui para o design de experiências

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(por Fel Moraes)

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Na edição deste ano do SXSW, Rebeca Umai, Senior Experience Designer da R/GA, e Glen Kane, lendário diretor e animador dos estúdios Walt Disney, apresentaram ‘The Principles of UX Choreography’. Um estudo em que, juntos, aplicaram os 12 Princípios da Animação a momentos críticos da jornada do usuário, visando melhorar sua experiência através da integração da animação no processo de criação.
Rebeca Umai, criadora do conceito, defende que na concepção dos projetos digitais, em pontos de contato interface-usuário, anotações e ilustrações não são suficientes para prever e exemplificar o que ocorre entre as interações. Ao considerar o movimento, temos maior controle da experiência oferecida ao usuário.

“Annotating doesn’t provide enough context: we had to start showing it.” 

Logo, quem melhor que a Disney para falar de movimento? Apresentados em 1981, os 12 Princípios da Animação exemplificam um profundo entendimento de como as coisas se comportam, combinando movimentos realistas com o envolvimento emocional do público. Entendendo essa mistura de extremos, começamos a dar vida ao UX Choreography.

“UX Choreography is a combination of the how with the when and why”

Para dar forma ao conceito, Rebeca dividiu o UX Choreography em 5 tópicos, baseados na jornada do usuário, que foram ilustrados ao vivo pelo experiente animador Glen Kane e que agora apresento a vocês (de forma bem mais modesta).

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FEEDBACK

Usado para mostrar se uma ação foi ou não bem sucedida, se algo está carregando ou simplesmente fazendo progresso, o Feedback é responsável por exibir os resultados das ações dos usuários. É gratificante para o usuário, constrói confiança e torna a navegação mais intuitiva e humanizada. O princípio da animação equivalente ao feedback é o Exaggeration (Exagero). Keane nos explica que o exagero, através de sutilezas, torna o resultado final óbvio e inconfundível, o que é indispensável quando projetamos experiências.

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(Fotos: Medium)

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FEEDFORWARD

Qual ação você quer que seu usuário realize? O Feedforward é uma forma de sugestão que transmite ao usuário, através de detalhes, o que esperar das possíveis interações. Assim, o usuário compreende como as coisas funcionam e evita confusões. As sugestões precisam ser sutís, pois, assim, o usuário nem lembra que elas o ajudaram, são coisas do tipo: “olhe aqui!” ou “você pode puxar isso”. Dicas como essas são discretas, mas podem ser muito poderosas. O princípio da Anticipation (Antecipação) tem um propósito muito semelhante: preparar a audiência para o que está prestes a acontecer.

“You never want your audience behind you.”

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(Fotos: Medium)

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SPATIAL AWARENESS

São infinitos os recursos visuais e tecnológicos que existem para criar um ambiente virtual, porém, é preciso elaborar estratégias para que o fluxo de informação e a disposição dos elementos faça sentido para o usuário. O Spatial Awareness defende a criação de um contexto claro, que oriente o usuário, reduza sua complexidade e aproveite da melhor forma o espaço em que é exibido. Aqui, a Disney nos ajuda através do Staging (Ato de por em cena). Seu objetivo é apresentar qualquer ideia de maneira absolutamente clara, focando no que é relevante e evitando detalhes desnecessários.

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(Fotos: Medium)

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USER FOCUS

O quarto tópico é sobre a importância da hierarquia da informação em cada momento da jornada do usuário. Deixar claro que o que é importante naquele momento, ajuda o usuário a prestar atenção nas coisas certas e traz clareza e objetividade para a experiência. Para apoiar este conceito, Rebeca cita um 13º princípio, apelidado de Clarity (Clareza), que segundo Kane, é uma das técnicas mais importantes que ele aprendeu na Disney. Kane explica que desde que seja necessário naquele momento, o público não questiona o porque e nem como algo aconteceu, por mais impossível que pareça. Na UX isso é muito valioso, pois podemos fazer com que todos os elementos sumam e fique apenas aquilo que é relevante ao usuário.

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(Fotos: Medium)

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BRAND TONE OF VOICE

Em seu ultimo tópico, Rebeca defende que as plataformas devem refletir a personalidade da marca que as mantêm. É importante que o consumidor identifique-se com o tom de voz da marca, que deve ser trabalhado de maneira holística e não só no aplicativo. O processo para achar este tom de voz é complicado e muita vezes baseia-se na intuição, porém, quando bem usado, cria uma identidade e torna o resultado final emocional e atraente. O príncipio da Disney que nos adiciona aqui é o Appeal (Encantar). Está diretamente ligado com o carisma do personagem e faz com que o espectador sinta que esse personagem é real.

“That is the key to appeal. It’s like the harmony of elements… a chord that is perfect. You hear it and say, ‘that’s it.”

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(Fotos: Medium)

Os cinco princípios apresentados aqui, falam um pouco de como é necessário cativar seu público através de histórias. Nos mostram a importância da integração da animação para criar uma experiência que seja realista e emocional, tendo como foco não só os personagens da história, mas também o personagem central: o usuário.

Se você gostou desse artigo e quer saber mais, acesse o Medium da Rebeca Umai.

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