O Cannes Lions deste ano mal começou e o Brasil já é o país mais premiado. Como assim? O País foi o destaque no Lions Health, competição focada em comunicação para saúde e bem-estar. Foram 16 Leões (5 de Ouro, 5 de Prata e 6 de Bronze) entre as 185 inscrições brasileiras.
Isso reforça a história de que a época que o Festival de Cannes era a ‘inspiração’ passou. Tudo bem que ele nasceu para ser uma competição….mas hoje, ainda mais, o festival se tornou basicamente isso (pelo menos entre as agências). Os números estão aí para provar.
As agências brasileiras diminuíram em mais de 20% as inscrições em categorias tradicionalíssimas, como Film, Mobile e Press. A queda no número de inscrições aconteceu em quase todas as categorias, mas o fato das mais ‘parrudas’, onde os trabalhos têm que ser fantásticos e ‘reais’ (Titanium, Creative Efectiveness e Innovation, por exemplo), terem queda de mais de 40%, mostra ainda mais que as agências brasileiras estão ‘jogando pra ganhar’: vários cases bons estarão em 4 ou 5 subcategorias de Promo e Direct, por exemplo – são 30 finalistas recém anunciadas em Promo e 21 em Direct, enquanto, em Mobile, só 4 cases estão no shortlist.
Ano passado foram 107 Leões. A chance de bater este número é pequena, mesmo com o aumento no número de categorias – basicamente por não termos um case que deve abocanhar 10 ou 15 Leões, como aconteceu com “Beauty Sketches”, da Ogilvy para Dove, em 2013, e “Speaking Exchange”, da FCB Brasil para CNA, em 2014.
Veremos – e isso é só uma opinião. Você pode pensar diferente. :)
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