Para fechar Cannes Lions 2015

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POR JOSÉ SAAD NETO

Jornalista apaixonado por tecnologia, criatividade e cultura urbana

O maior festival de criatividade do mundo terminou no último domingo, 28, com o primeiro Grand Prix em Film para o Brasil e alguns fantasmas premiados. A “big idea” SÓ para conquistar Leões ronda agências brasileiras com mais frequência, mas não é demérito só do nosso mercado. Há cases dos Estados Unidos e da Europa premiados sem qualquer escalabilidade. Criados e produzidos para instituições que pouca gente conhece. Feitos para o videocase. Ponto.

Mas tirando os egos, eu ainda acho que Cannes Lions vale a pena. É um festival que valoriza cada vez mais a diversidade de conteúdo, trazendo gente de fora do mercado publicitário pra debater criatividade. E mesmo nos painéis feitos por e para criativos, há boa curadoria de temas e insights para os que se dispõem a trocar os lounges da La Croisette pelas filas do Palais des Festivals.

Uma das palestras mais bacanas que assisti nesta edição foi da consultoria inglesa de inovação Contagious, que dividiu o palco com a Razorfish. Abaixo, quatro lições que captei da apresentação dos caras:

1 — “Brand Loyalty” será extinta

Diante da velocidade de informações a qual somos submetidos, a lealdade dos consumidores às marcas tende a desaparecer. “Para passar por esse desafio, é preciso investir em design, que atenda às necessidades dos consumidores, e em criatividade com foco em negócios”, analisou Will Sansom, diretor global de conteúdo da Contagious.

2 — O mundo desconectado precisará de conexões

Projeções da McKinsey apontam que, em 2017, o mundo ainda terá 4,2 bilhões de pessoas desconectadas. “Por isso, é preciso investir em educação e criar projetos para além dos browsers”, disse Ray Velez, chief technology officer da Razorfish.

3 — Grandes experiências de marca serão independentes das telas

“É possível pensar conexões e estratégias que independem dos dispositivos e das interações por meio das telas. Essa será uma tendência inevitável”, apostou Sansom.

4 — Em 10 anos, as agências serão algoritmos

O uso de dados para minimizar riscos e direcionar estratégias de negócios é pauta constante no mercado. “Em pouco tempo, esse tema baterá nas agências de tal forma que elas se transformarão em empresas cada vez mais exatas”, arriscou o CTO da Razorfish.

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