Você provavelmente já ouviu falar na deep web, um estranho terreno virtual no qual se acumulam informações obscuras da internet e que as ferramentas tradicionais de busca não chegam tão facilmente.
Nesse ambiente de informações secretas e proibidas vez ou outra surge algum game, filme ou animação sem assinatura de produção. Sad Satan é um exemplo disso. Tecnicamente é um game. Um game estranho. Você percorre corredores com texturas bizarras que vão revelando lampejos de fotos e algumas figuras grotescas. É uma experiência de horror estético que mistura imagem, interação e som. Um quadro de terror interativo.
A mente perturbada que criou esse jogo certamente teve como objetivo gerar uma experiência de repulsa nos jogadores. De alguma maneira, a experiência estranha de Sad Satan me lembrou um pouco Begotten de Edmund Elias Merhige (que eu recomendo fortemente para os fãs de filmes sombrios).
https://www.youtube.com/watch?v=lHXgNn18z90
Esse tipo de experiência fomenta o debate de como os games podem ser transmissores de mensagens, plataformas de mídia e expressão artística. Não tive paciência para ir atrás do arquivo do jogo e me contentei com os vídeos de gameplay. No entanto, me intrigou os elementos estéticos que foram empregados, apesar de serem bastante distorcidos.
Em 2014 eu escrevi um livro chamado Horror Ludens no qual eu discuto aspectos de como medo, horror, terror e ansiedade podem ser tornar combustíveis para criação de entretenimento. Estou preparando o volume 2 desse livro e Sad Satan vai entrar como um exemplo de horror estético na galeria de cases.
#GoGamers
POR 
ENG