O line-up do SXSW é composto de atrações do mundo todo. A presença de bandas australianas, norte-americanas e europeias é forte, mas, sempre temos gratas surpresas brasileiras na lista.
Um exemplo é a carioca Clara Valente.
A cantora e compositora de MPB lançou, em 2014, o álbum intitulado “Mil Coisas”. E, o nascimento não poderia ter sido mais certeiro: Clara reúne, em um único CD, muitas referências e inspirações (quase mil). Tem tango, afrobeat latino, pegadas baianas, reggae e, como não poderia deixar de ser, muito da MPB nua e crua, da melhor qualidade.
Achei um som maduro.
Talvez, por conta de sua obra tão abrangente, Clara embarcou logo no sucesso – dentro e fora do país. Esse álbum de estreia, por exemplo, foi eleito como um dos melhores do ano no Brasil. Aqui, ela já se apresentou nos palcos de mais de vinte cidades diferentes. Lá fora, a cantora, que também é pianista, levou suas “mil coisas” para a Argentina, Estados Unidos e, no ano passado, fez sua primeira turnê pela Europa, passando por locais como Áustria e Hungria, ao longo de vinte dias.
Falando em músicos brasileiros no SXSW, outra atração é a banda Terno. Os meninos, que começaram a carreira timidamente em São Paulo, foram ficando, aos poucos, mais conhecidos por aqui. Depois de grandes festivais, é uma das principais referências de música independente do país.
No ano passado veio com o Troféu APCA (críticos de arte), em que eles saíram vitoriosos na categoria de “Show do Ano”.
Ironicamente, são por meio desses festivais internacionais que muitos brasileiros acabam conhecendo bandas e cantores daqui, que provavelmente por questões financeiras permanecem se apresentando em lugares menores, do cenário alternativo, que só os verdadeiros amantes de descobertas musicais conhecem.
O projeto especial do UoD no SXSW tem o apoio cultural do Santander, Twitter Brasil, Rádio Atlântida e GoPro.
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