Seu futuro não é meu. É o recado da Adidas para as novas gerações

https://youtu.be/CupTwyj3JrI

A Adidas lançou em seu canal do YouTube o vídeo da sua nova campanha publicitária, “Future”. Motivados por um questionamento das tendências culturais atuais, os criativos da marca querem trazer à tona questões a respeito do quanto os jovens se conformam com o futuro “planejado” ou se estão dispostos a criar um novo amanhã.

Hmmm…

No filme, as personalidades patrocinadas pela marca, em sua maioria atores norte-americanos e jogadores da NBA, marcham em meio a cenários que exibem um futuro composto por algumas das tendências mais… digamos, questionáveis da atualidade, tais como pau de selfie e lábios preenchidos com botox.

A mensagem que fica com essa apresentação inicial da coleção SS16 da Originals é inspiradora e, apesar de não ser direcionada especificamente para o Brasil, traz ideais que vem ao encontro das motivações diárias dos jovens do nosso país. Em um cenário atual onde meninas questionam fortemente o tratamento que recebem na nossa sociedade, que pré-adolescentes vestem a camisa da educação e ocupam suas escolas contra a reorganização e que a geração Y mostra cada vez mais que corrupção e todo tipo de preconceito serão cada vez mais enfrentados de frente por eles, fica a esperança de que talvez – apesar de tudo – estejamos no caminho certo. Ainda bem.

Mas, por mais que a ideia da Adidas seja bem interessante, fica aqui, talvez, algumas ressalvas (meu ponto de vista, claro): incomoda um pouco essa tendência de relacionar o fato de que os jovens permanecem online nas redes sociais 24 horas por dia e usam e abusam das selfies com a possibilidade de eles serem alienados e passivos diante dos acontecimentos. Pelo contrário, né? Sem generalizar, claro, mas esses recursos também trazem muitas coisas benéficas – é por meio de seus perfis no Facebook que eles conseguem levar suas mensagens para um número gigantesco de pessoas. É assim que eles se fazem ser ouvidos. Aí, cabe a cada um usar isso para o bem, ou para o mal. Sim, usam mais errado do que ao contrário… mas, faz parte (isso tem em todos os lugares).

Talvez, a nova geração já está consciente de que cabe a eles moldar o seu próprio futuro. Manifestações, questionamentos acerca do nosso sistema de ensino e modelo de seleção dos vestibulares, recusar um emprego que não gostem só pela grana… Todas essas questões foram trazidas pela juventude atual e, ao que tudo indica, ela não vai parar por aí. Tomara. Isso não tira o mérito da campanha, claro, mas também, não é como se tudo estivesse perdido. Ou eu continuo sendo só mais um otimista mesmo.

Por fim, para atingir tais objetivo, será que não era o caso de abrir mão desses personagens? Afinal, não são justamente essas celebridades que influenciam diretamente?

De modo geral, a mensagem que fica é positiva. E, ainda bem que ela não precisa ser repetidas.

Para essa geração, o recado já está dado.

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