Como Einstein pensaria a agenda do SXSW?

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Einstein disse uma vez: “Quero conhecer as ideias de Deus de forma matemática”. Ele queria uma única equação que encapsulasse todas as equações da física. Queria resumir o poder do universo todo numa só equação. Esse era seu maior objetivo e a raiz da sua genialidade. Genial porque buscava uma só resposta que compreenderia todas as perguntas. Nada ficaria de fora.

Agora, de 11 a 20 de março, mais de 80 mil pessoas de centenas de lugares do mundo se reunirão no evento considerado um dos mais curiosos e inovadores, o SXSW. “South By” para os mais íntimos. No meu caso, ainda Sou-th (forçando a língua entre os dentes) by So-uth (de novo) West, porque sou estreante.

Aí você me diz: “Estreante? Vou te dar umas dicas porque, se não, você vai ficar perdida.” Claro que vou. Só no SXSW Interactive, no caso, meu badge, uma lista de mais de 5 mil atividades, entre sessões cujos títulos exalam novidade com explicações que rompem o nosso léxico cotidiano, estão comprimidas em uma grade concorrida por acontecer em apenas 5 dias.

Então, olhando pro gigantesco schedule, senti uma forte tendência à sensação de “Putz, vou ter que aceitar que: coisas eu vou ver e passar a saber, e outras coisas vou perder e não vou passar a saber. Pra ganhar, tem que perder. A frustração será inevitável.” Mas será que essa é a única possibilidade de sentimento? Esse seria o único jeito? Ficar sabendo significa, ao mesmo tempo, não ficar sabendo?

Buscando outra possibilidade além dessa primeira tendência, me perguntei: Como Einstein, que buscava um ponto de convergência de tudo, pensaria o schedule do SXSW? Será que os assuntos estão separados? São desconectados? Não conhecer um é, de fato, não conhecer o outro?

Se existe uma equação que explica o universo, então é possível que exista uma equação que explique, o que, afinal, buscamos saber gerando tantas ideias novas?

Se houver esse ponto central, entender a tendência que toda a inovação segue é uma possibilidade real. Saber a direção pra onde tudo caminha, permitiria olhar para um complexo de ideias como algo compreendido dentro de uma pergunta maior. Como uma onda que levanta muitas ideias para se direcionar ao mesmo fim. A mesma resposta.

Conhecer o fim, seria compreender tudo. De onde partem e pra onde tendem as ideias. Nada ficaria de fora. Nada seria, de fato, desconhecido.

Qual seria esse ponto de convergência, então? De onde parte e para onde vai toda a poeira que levantamos com novas ideias?

Se as inovações vêm para responder a algo que estávamos nos perguntando, então significa que o que pensávamos antes não era suficiente. E, se não era suficiente, nunca antes foi visto por inteiro. Nossa visão sobre algo, até então, não estava completa, ou não era totalmente verdadeira. Nossas ideias acompanham a evolução da nossa ótica sobre como as coisas são e como elas não eram como pensávamos que fossem.

Com essa equação, olharíamos para o mundo de inovações do SXSW não como inúmeras possibilidades de soluções desconexas para respostas separadas em que, se escolhendo por uma, ficamos sem a outra, mas como ideias compreendidas em uma única pergunta, que são reconhecidas como tendências à medida que se mostram mais definitivas.

Então, se Einstein pensaria de forma a entender por onde tudo está conectado, buscaria por uma questão que compreendesse a validade de todo o conhecimento. Diante de tantas inovações, qualquer tendência responderia a uma única pergunta: Como as coisas realmente são?

O projeto especial do UoD, no SXSW, tem o apoio cultural do Santander, Twitter Brasil, Levi’s Brasil, Rede Atlântida (RBS), GoPro Brasil e Trip Editora.

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