Afinal, precisa terminar um livro se você não está gostando?

[mks_dropcap style=”letter” size=”52″ bg_color=”#ffffff” txt_color=”#000000″]V[/mks_dropcap]ocê já leu mais de 100 páginas do livro. Tá chato. Você pára ou continua? Vamos pensar nisso? (o texto do post é curto, não desista!)

Os dois lados dessa questão tem argumentos válidos. Precisa mesmo ir até o fim do livro?

01. NÃO! A vida é curta, existem milhões de livros publicados, entre eles aqueles que podem mudar a sua vida e estão em alguma prateleira por aí só esperando você encontrá-lo. Se o livro não te conquistou, por que insistir? Você não muda de estação quando toca uma música chata no rádio? É a mesma coisa.

02. SIM! Livros precisam ser lidos até o final porque é preciso absorver o todo da obra para que se possa realmente avaliá-la. Se fossemos seguir ou abandonar livros só porque tá chato, provavelmente não teríamos nem passado do segundo, ainda na escola, quando erámos crianças. Força, vamos, vamos!

Talvez então, seja preciso separar os livros em ficção e não-ficção?

Ficção é prazer, então pode interromper. É o mesmo raciocínio do zapping da TV.
Não-ficção é aprendizado, então tem que aguentar firme mesmo que a cabeça frite. É o mesmo raciocínio da escola.

Faz sentido. Mas a fronteira entre esses dois mundos tá derretendo rapidamente. Existe a informação que entretem (o “InfoTainment”). E existe também aquele conto que traz uma grande lição (vou inventar uma palavra pra isso também vai: o “EntertainMation”). O próprio UoD é um exemplo que nasceu da minha vontade de empacotar informação e conhecimento de um jeito mais gostoso, justamente tentando aproximar alma e cérebro sempre que possível.

Complicou então.

Aliás, já aviso que este é mais um post NÃO-CONCLUSIVO. Não vai ter a resposta do título no texto, simplesmente porque não existe apenas uma resposta certa nem errada. Mas só para não ficar em cima do muro, posso dividir a minha interpretação sobre esse momento “largo esse fardo ou não largo”.

sofagirl

MINHA “ESTRATÉGIA DA MEIA HORA SEGUINTE”

Acho que usar o prazer da leitura como critério, talvez não seja o método mais eficiente para decidir sobre o destino de um livro.

Mais ou menos como usar o gostei/não gostei diante de uma obra de arte, que também não é muito relevante já que se trata de uma expressão. Melhor é tentar observar a sua reação diante da obra.

Na minha opinião, a função de qualquer manifestação humana é colocar uma mão no seu cérebro e outra no seu coração e massagear simultâneamente. Mas não aquela massagem relaxante e cheia de óleo que você dorme em 5 minutos. É mais shiatsu mesmo, naquele esquema que machuca pra caramba, mas que no final você flutua em uma nuvem.

Acho que isso vale para qualquer coisa que venha de outro ser humano: pode ser livro, música, desenho ou até um bate-papo.

Faço assim:


Meia hora depois que eu fui exposto a esta manifestação, estou me sentido melhor ou pior?

Se estou melhor do que estava, quero mais. Se estou pior, tendo a desistir.

Ou seja, uso meu estado de espírito DEPOIS DE MEIA HORA DA EXPERIÊNCIA como critério.


Sim, é banal, infantil até. Sei também que “melhor” é vago, mas não vou me atrever a entrar por aí. Mas de alguma forma eu sei. E acho que você também sabe.

Para mim, nada funciona melhor para escolher livros, álbuns, viagens e amigos: meia hora depois… estou melhor ou pior?

É batata.

Mas e você? Pára livro no meio? Nem pensar? Com certeza? Depende? Tem um critério próprio? Deixe seu comentário abaixo!

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