Snapchat e Marketing: Não tenha medo do fantasma

A primeira vez que eu baixei o Snapchat foi um desastre.

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Eu não entendia muito bem como usar o aplicativo, achava muito complicado adicionar amigos e não enxergava nenhuma real utilidade. Afinal, se era pra fazer umas fotinhos, eu já tinha o Instagram.  Se era para trocar mensagens de texto, eu já tinha o WhatsApp. Se era pra fazer vídeos eu já tinha um canal no YouTube.

Então, pra quê diabos eu precisaria do Snapchat? Para trocar nudes?

Não, obrigado.

Assim, eu acabei deletando o fantasminha do meu celular e minha bateria agradeceu. Mas, como você já sabe muito bem, o mundo dá voltas.

O Snapchat se transformou aos meus olhos quando eu percebi que poderia usá-lo para falar de escrita criativa, compartilhar dicas, mostrar destaques de livros que estou lendo e ensinar storytelling. Tudo isso de forma simples, direta e divertida (aliás, se você curte esse tipo de assunto, me adiciona lá: nanofregonese).

Não à toa o app virou a minha rede social favorita. E vou te contar por que ela também deveria ser a sua… principalmente se você está ligado ao marketing de alguma forma.

O Snapchat explodiu em 2016.

Se o aplicativo já demonstrava ter caído nas graças do público jovem, neste ano ele deu passos mais largos e chamou a atenção de todo mundo:

  1. O Snapchat é mais conhecido que o Pinterest, Linkedin, Tumblr e Vine.
  2. Possui mais usuários do que o Twiiter.
  3. Cresceu, em um ano, o mesmo que o Twitter em 4 anos.
  4. Já é a segunda rede social favorita nos Estados Unidos.
  5. É extremamente popular entre os jovens (ok, disso você já sabia).

Você há de convir comigo que são dados difíceis de ignorar.

Tá, mas como se usa essa coisa pra marketing?

O Snapchat não tem likes, nem shares, nem comentários. E isso dá um nó na cabeça de quem é viciado em métricas. Você nem mesmo consegue comparar o seu desempenho ao de outras contas, já que você não tem acesso às tradicionais medidas quantificadoras. Por que investir nele, então?

Porque ele muda o jogo.

No Snapchat, as pessoas podem ver a sua história, mas precisam fazer isso AGORA.

Como o conteúdo fica disponibilizado por, no máximo 24 horas, há um senso de urgência sempre presente, o que agrega valor.

Mas o conteúdo precisa ser diferente. Não basta fazer um texto otimizado para SEO e esperar as pessoas aparecerem. Esqueça a ideia de post impulsionado. Você tem apenas alguns segundos para chamar a atenção ou o seu público pula para a próxima história.

O Snapchat não serve (ao menos por enquanto) para juntar aquela quantidade absurda de seguidores, mas ele te dá a chance de engajar a sua comunidade de forma muito mais profunda.

Se você seduzir mesmo um seguidor, ele passará a ver um pouquinho da sua vida todos os dias, o que vale ouro. Quer ver?

Você consegue lembrar da última vez em que foi até o perfil de uma marca ou personalidade para ver o que eles tinham a dizer?

Conhece alguém que visite uma fan page todos os dias?

Alguém que veja os vídeos e fotos de uma marca todos os dias?

Entendeu o raciocínio, certo?

É como Gary Vaynerchuck já disse:

“Não se trata de quantos seguidores você tem, mas de quantos deles se importam”.

 

Só cuidado para não desperdiçar essa proximidade com truques de fumaça e espelhos.

No Snapchat você tem que mostrar quem você é de verdade.

Tem muita gente que acaba usando o aplicativo apenas como uma nova versão do Instagram. O resultado são dezenas de fotos em sequência que acabam cansando mais do que agradando. Para realmente aproveitar a brincadeira, você precisa entender o mindset, entender que o app te dá uma chance de mostrar o que você faz de melhor, enquanto você faz.

Com ele, as coisas são instantâneas, na hora, sem muito tempo de preparação.

Acabou de terminar a leitura de um livro bacana? Dê a sua opinião.

Fez uma arte que te dá orgulho? Divida com os seguidores imediatamente.

Tem algo a dizer sobre um acontecimento político? Desabafe na hora.

Também não use o Snapchat como um anúncio que some depois de uns segundinhos. Não é essa a nova lógica do marketing.

Primeiro você precisa oferecer valor, dar algo que as pessoas queiram.  Só depois de ter a confiança delas é que será a hora de pedir algo em troca.

Eu sigo o perfil de gente que fala diariamente sobre marketing, autodesenvolvimento, mind hacks e coisas do tipo. Todos os dias eles dividem algum novo pedacinho de conhecimento comigo… e, de vez em quando, eles me pedem para comprar o livro ou curso deles. Você acha que funciona? Claro que funciona.

Então, encontre aquilo que você ama fazer, a sua essência – ou o seu posicionamento, se preferir -, e ofereça isso aos seus seguidores. Com o tempo, eles deixarão de ser apenas seguidores e se transformarão no seu time.

Dê uma chance ao fantasma. Se você não gostar de nada disso que eu falei, ainda assim poderá usá-lo para os nudes!

Ah, você já manja de Snapchat? Então que tal contar as suas próprias dicas aí nos comentários? ;)


Aqui vão algumas sugestões que podem servir de inspiração na hora de você planejar o seu perfil:

O meu (sim, merchan total) – username: nanofregonese

BuzzFeed – username: buzzfeed

Dj Khaled – username: djkhaled305

Ellen Degeneres – username: ellen

Gary Vaynerchuck – username: garyvee

Gwen Stefani – username: itsgwenstefani

Jules Marcoux – username: julesmarcoux

Lady Gaga – username: ladygaga

Los Angeles County Museum of Art – username: lacma_museum

Rihanna – username: rihanna

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