O presidente dos EUA aperta 175 mãos todo dia.

Sim, vou repetir: 175 toca-aquis por dia.

O cara balança 65.000 mãos (!) em um ano. Se for um presidente cool que nem o Obama, existe inclusive a possibilidade de um eventual shoulder-bro.

Thank you. Thank you. Thank you. Yo-ma-man.

Agora imagine onde essas 65.000 mãos estiveram nos 5 minutos anteriores aos apertos de mãos e você vai começar a entender a proporção e o drama deste gesto protocolar e singelo – para nós mortais – mas altamente blearghquetí para o presidente de um país como os Estados Unidos.

Coisas que a gente nunca pára para pensar. Pô, são 175 apertos de mão, todo santo dia. Que saco!

Um repórter investigou a questão mais a fundo e descobriu que os presidentes usam, em média, uma garrafinha de álcool gel por semana, número que aumenta ainda mais em época de campanha política (época em que o antebraço do presidente também serve de apoio para bundinhas de bebê enfraldados que ele segura no colo para tirar fotos. Imagina a vontade e o tempo no banho no final do dia.

Aaaarghhhh!

O próprio Obama conta no seu livro de memória, o “Dreams From My Father,” que ficou bravo na primeira vez que encontrou com o presidente George Bush porque, logo após um longo aperto de mão, Bush se virou para o lado e seu assistente deu um “fuch-fuch” – duas chuchadinhas de álcool gel em suas mãos. Obama, que já era cool na época, apenas comentou “good stuff” enquanto apontava para as mãos do Bush, que espalhava cuidadosamente o produto. Ficou aquela dúvida no ar se ele dava essa desinfetada com todo mundo ou só com ele. Mas Bush nem se abalou, até ofereceu um pouco e deu a dica: “me mantém longe dos resfriados”. Meses depois, Obama percebeu que não era implicância. Era necessário.

O governador Bill Richardson do novo México, por exemplo, prefere recusar todo e qualquer aperto de mão. Explica que é justamente em respeito aos outros, mas todo mundo acha o cara arrogante. Mas pensando bem, ele é o único certo. Porque tão ruim quanto receber 175 apertos de mão por dia, é receber apenas um, mas de um cara que já apertou outras 174 mãos antes da sua.