The Next Web: AI is here

Acompanho muitos papos sobre inteligência artificial, e é bastante interessante o quanto os papos mudaram de um ano para cá. Entre hipóteses, considerações, protótipos e produtos e serviços são questão de meses. Por isso nada melhor do que se atualizar com quem está realmente por dentro.

Aqui no The Next Web fui ver um painel com o Christoph Welsbach, responsável pelo simpático Watson, da IBM, a  Nell Watson, da Singularity University (programa da Nasa em parceria com o Google), Daniel Hulme da Sitalia e o pesquisador Robald Siebes.TNW Conference 2016 - Day One - Image by Bas Uterwijk - dan@heisenbergmedia.com-037

Um dos últimos progressos que AI atingiu é identificar emoções humanas, segundo a Nell, através do reconhecimento de imagem. Ou seja, seu computador pode saber quando você está triste, para dar aquela animada no ambiente.

Mas ele aprende o que fazer, como? Através dos bancos de dados de todos os demais humanos conectados. As redes neurais, Christoph comenta, realmente funcionam de forma muito similar aos humanos – cada vez que aplicam mais testes, chegam a essa conclusão.

TNW Conference 2016 - Day One - Image by Bas Uterwijk - dan@heisenbergmedia.com-041

Mas a pergunta era: onde estamos, e para onde vamos?

Hoje chegamos a um status que as máquinas são bastante potentes em reconhecimento de padrão. Esse padrão é cada vez menos estruturado, e cada vez mais próximo à linguagem natural. Ainda esse ano deve chegar na nossa mão aplicativos, software e plataformas muito mais amigáveis, que entendem o que falamos, as fotos que postamos ou vemos, as músicas que ouvimos.

Também será um dos fatores mais relevantes para aumento de produtividade e diminuição de desperdício. Baseado em uma série de bancos de dados podemos fornecer dados históricos de temperatura, clima, qualidade das sementes, e facilmente conseguimos prever a produção exata de milho do ano.  E podemos treinar as redes para que elas descubram por si só quais os outros fatores mais relevantes na produção. TNW Conference 2016 - Day One - Image by Bas Uterwijk - dan@heisenbergmedia.com-040

E o que vem por aí?

Hoje os computadores são muito bons para coleta de dados, e previsões, gerar insights. Mas as decisões ainda são tomadas por humanos. O próximo passo é fazer os sistemas tomarem decisões corretas aprendidas por eles mesmos.

Daí entramos em um aspecto extremamente técnico:  o que é correto? Somos 7 bilhões de pessoas no planeta, cada um com valores diferentes.   Criar um tipo de AI que tenha proteções para usos imorais é um desafio tremendo. Regras e tabus não são suficientes, e  definir um framework mínimo para sistemas autônomos baseado em padrões “éticos” não é tarefa para uma empresa ou outra, mas do conjunto.

E se elas aprendem com humanos, devemos “permitir” que as máquinas sejam racistas? Qual o nível de  autonomia que a máquina pode ter? Qual o nível de responsabilidade do proprietário se a máquina cometer um crime? As próprias máquinas poderão responder na justiça? Esses são alguns dos assuntos discutidos na Singularity University.

Se parece coisa de filme de ficção científica, bom… Blade Runner era em Los Angeles em 2019, não? É só daqui a 3 anos….

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