Iñárritu: cineasta, músico e publicitário

Já teve a sensação de que as pessoas super bem-sucedidas e/ou aclamadas como gênios da atualidade foram pulando de profissão em profissão e quebrando a cara com experiências frustradas até realmente encontrarem a sua vocação e atingir níveis impressionantes de sucesso? Aconteceu com Mark Zuckerberg, com Daniel EK e com o diretor Alejandro Gonzalez Iñárritu.

Ele também está em Cannes e participou de um bate-papo, mas não como diretor de cinema e sim como publicitário aposentado. Antes de estrear na carreira atual, Iñárritu foi dono da produtora Z Films, em que atuava escrevendo, produzindo e, mais tarde, dirigindo curtas e comerciais de publicidade. Mas não foi essa a experiência frustrada do diretor que comentamos no início deste texto. Aliás, esse período na área da propaganda deu bons frutos e, talvez, tenha sido lá o start do talento que futuramente Alejandro desenvolveria para contar boas histórias. Da época, ficaram 14 leões do Cannes Lion, entre eles um GP.

De volta a esse universo neste ano, confessou aos presentes que a experiência com publicidade foi mesmo importante, já que quem consegue contar uma boa história e transmitir uma mensagem no tempo de um intervalo comercial, algo em torno de 30 segundos (hoje bem mais), faz mágica quando o tempo não é o limite.

Quando escrevi em quebrar a cara, me referi a tentativa frustrada de Iñárritu como músico. Sei como é. Em seu currículo, há passagens em estações de rádio e até uns momentos de jornalista, entrevistando celebridades do meio. Anteriormente, rolaram até bicos de DJ em uma rádio mexicana e composições de canções para filmes do país. Para quem queria mesmo estar em cima do palco, estar “dentro” do rádio e ter suas músicas em um longa, ainda que não muito reconhecido, até que não foi de todo mal.

Depois de percorrer por essas diferentes áreas e ter alcançado excelência como diretor, a motivação atual de Iñárritu não surpreende: realidade virtual e storytelling. Pois é. Já provamos e comprovamos que essas são de fato as tendências no topo do topo da lista de inovações e tecnologia do ano. Todas as produtoras, agências, marcas de telefonia e games, profissionais da comunicação – e aqui incluímos publicidade, jornalismo, cinema – estão com todas as atenções voltadas para o tema.

Em Cannes, sobre o tema, o diretor declarou que o VR é interessante para os cineastas porque oferece a eles diversas novas possibilidades na forma de contar suas histórias. “Pela primeira vez, o público poderá interferir no enredo”, declarou.

Já pensou assistir a O Regresso em realidade virtual? Eu, hein…

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