Criticar ou ser criticado. Quando estamos criticando algo de forma construtiva e quando uma crítica nos ajuda a evoluir?
É comum ouvirmos a expressão “crítica construtiva”, mas quando a fazemos, será que é isso que ela realmente está sendo? Se alguém de sua confiança lhe disser algo mais ou menos assim, ou até mesmo você expressar a seguinte opinião ou algo parecido: “Este seu trabalho está mal escrito, me desculpe dizer isso, mas veja pelo lado bom, é uma crítica construtiva pois lhe dá a oportunidade de fazer melhor”. Em que, na verdade, essa interferência foi útil? Sim, o trabalho está mal feito. E agora?
Quando você pensar em criticar algo ou até mesmo quando o alvo for você, lembre-se que uma crítica não constrói se não vier acompanhada de uma solução, mesmo que hipotética. Críticas construtivas não apontam somente onde está o erro, elas dizem como acertar.
A opinião acima teria sido bem-vinda se o emissor tivesse dito: “Amigo, o resultado do seu trabalho não está legal. Que tal você excluir este parágrafo ou reescrevê-lo de uma forma um pouco menos formal?” Isso teria sido construtivo. Afinal, a opinião dele lhe deu uma ideia de como fazer melhor.
Pense nisso em todos os âmbitos de sua vida. Recebeu uma crítica do seu chefe? Pergunte a ele como melhorar. Você quer criticar algum processo do dia a dia na empresa? Pense em soluções antes de abordar o assunto e com certeza ganhará pontos com o seu gestor.
Em casa, algum membro da família faz algo que lhe parece ser um comportamento destrutivo? Fale para ele, mas diga o que ele pode fazer para melhorar. E lembre-se de não o deixar se abater.
Críticas todos recebemos, alguns mais do que outros por motivos que na verdade não importam. O que faz a diferença é a forma como você as recebe. Lembre-se de não ser arrogante; é importante ter presente que críticas são oportunidades de melhoria. Mas se recorde principalmente que você não deve esquentar a cabeça por algo que alguém disse, talvez maliciosamente para lhe fazer sentir mal consigo mesmo; se esta crítica não vier acompanhada de uma real intenção de lhe mostrar como fazer certo, esqueça-a.
Avalie sempre. Escutar a crítica e compreender a opinião alheia não lhe obriga a segui-la. Afinal, se você escreveu um texto e amou aquele parágrafo, a escolha é sua em deixá-lo onde está.
Crítica construtiva não é aquela que nos deixa para baixo, é aquela que abre nossos olhos. A que nos deixa para baixo tem outro nome. Agora se você é feito de açúcar e não consegue lidar com o fato de que você pode sim, fazer algo mal feito, desejo-lhe boa sorte.
E por fim, mesmo que você tenha boas intenções, filtre suas críticas e faça as que realmente importam, sempre acompanhadas de possíveis soluções aos problemas que as motivaram. Criticar em excesso também não vale. A não ser que você queira ser a pessoa chata da turma. Nesse caso, a você também desejo boa sorte.