Sem medo de cometer qualquer tipo de exagero, Nathalia é uma das principais atrizes em atividade no Brasil. Uma das muitas provas disso, além da longa folha corrida de serviços prestados às artes cênicas, é o fato dela ter emprestado seu nome à um teatro novinho em folha inaugurado no começo deste ano na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
É verdade que seu debute na profissão foi meio na brincadeira, aos seis anos de idade, no filme “O Grito de Mocidade”, obra lançada, veja bem, em 1937. Formada na década de 40 pela Escola de Belas Artes da antiga Universidade do Brasil, hoje a Federal do Rio, ela ainda atendeu ao curso de formação de atores na Education Par Les Jeux Dramatiques, em Paris, onde viveu por quatro anos na década de cinquenta. Aos longos dos seus 62 anos de carreira, colecionou inúmeros trabalhos no teatro e na televisão, dos quais a gente destaca:
Protagonista da novela de 1964 O Direito de Nascer, que teve seu derradeiro capítulo exibido no Maracanãzinho para uma plateia lotada;
Foi irmã da Odete Roitman, aquela que, até hoje, ninguém sabe direito quem matou, na novela Vale Tudo, de 1988;
E, mais recentemente, viveu com muito talento e muita coragem um casal homossexual ao lado da sua grande parceira, Fernanda Montenegro, na novela Babilônia, do ano passado.
Hoje, aos 87 anos e com uma mente mais contemporânea que muito garotão e garotona por aí, está a todo vapor e em cartaz em São Paulo com a peça 33 Variações, lá no teatro Nair Belo, no shopping Frei Caneca.
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