Estamos todos no mesmo barco. Trabalhando pacaraca. Respondendo e-mail do cliente às dez da noite, whatsapp do coleguinha às onze, pensando no job de amanhã enquanto lê isso aqui. Almoçando no teclado, digitando na pizza e respondendo que tá na correria, como é que tá lá, precisamos marcar e vai passando.
Quando você vê, tá dentro do carro, no meio da Faria Lima, duas da manhã, pensando “putamerda, tô indo pra agência ou voltando?” E um dia, do nada, você tem um colapso físico, mental e emocional. Um burnout. E aí você olha pra trás e fala: hmmm, é… eu devia ter reparado.
A gente acha que tá cansado, mas todo mundo tá cansado. Todo mundo tá correndo. Todo mundo tá dando conta.
Aquele sonho que você tem vai sendo empurrado com a barriga porque peraí, já vejo isso, primeiro deixa garantir aqui uma grana/posição/vai-saber-o-que-te-motiva.
Aquele emprego dos sonhos te deixa infeliz. Você sai de casa de manhã arrastando uma âncora.
E, um dia, pof.
Foi o que aconteceu comigo. Pof. E seguiu-se um ano de médicos e conhecidos me falando que eu tava de frescura, tava velha, tava desmotivada, tava precisando de um psiquiatra. Você lá fodido, panicado, se sentindo um lixo e ouvindo isso.
O QUE É BURNOUT?
Agora estou melhorando, achei os tratamentos certos, entendi o que rolou, descobri que a cura é a reinvenção total. É ter coragem de chafurdar em tudo o que a gente deixou pra lá enquanto tava ganhando grana/posição/vai-saber-o-que-te-motiva.
Como perceber o que tá acontecendo pra evitar o pof? Pois bem. Eu resolvi compartilhar minha experiência de recuperação depois de chegar no limite máximo do stress.
Já reparou que todo mundo te conta que tava mal e ficou bem? Fulano foi demitido, mas agora é picão. Beltrano caiu, mas agora tá todo pimpão. Como foi esse caminho, heim? Como o cara tirou o pé da lama e chegou lá em cima? O que ele aprendeu? O que ajudou? O que atrapalhou? O que você poderia aprender com os erros dele?
Essa é a proposta do canal Diário do Burnout, que eu comecei para compartilhar tudo isso. Porque a gente tá no mesmo barco e, se não cuidar, uma hora… pof.