O primeiro chatbot brasileiro para o Terceiro Setor.

Qual foi a última vez em que você falou com um robô criado na periferia de São Paulo? Pois esta vai ser a primeira: a Fundação Telefônica Vivo colocou no ar, hoje, o DECO. Um chatbot que atua no messenger do Facebook e que vai levar conteúdo de formação para jovens empreendedores da periferia.

O DECO funciona a partir de interações do usuário e do robô, programadas para criar um diálogo que é permeado por dez conteúdos de vídeo, que trazem justamente os 10 jovens da periferia convidados para serem a voz do projeto: Tony Marlon, Sheila Lima, Buh D’Ângelo, Ricardo Terto, André Luiz, Bruno Capão, Erica Campanha, Aline Rodrigues, Michelle Fernandes e Leandro Araújo.

A estratégia de comunicação, o bot e os vídeos de formação foram concebidos pela 2020., agência especializada em comunicação de causas. Para este projeto, o Pense Grande, a 2020. convidou 10 jovens da periferia de São Paulo para darem voz a toda a ação, como consultores de linguagem e de criação durante todo o processo. E convidou também a poeta Mel Duarte para escrever o roteiro do vídeo de convocação.

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“Quando a Fundação Telefônica procurou a gente, havia um desafio claro de comunicação, mas que passava longe de ter soluções em campanhas publicitárias ou quaisquer outros formatos convencionais, fossem off ou online. O problema era a língua a ser falada e o local de encontro entre esses jovens e o conteúdo. Quando uma marca tenta falar sobre um assunto que não faz parte do seu repertório, acaba virando apenas um discurso, não gera diálogo. E foi por isso que a gente convidou 10 jovens da periferia para darem voz ao projeto. Não é a Fundação Telefônica falando. São estes jovens falando entre si, sobre como podem ser remunerados pelos seus talentos, lá na quebrada, no meio do corre. A Fundação fez a ponte, criou o canal entre eles. Abriu mão de ser voz para dar voz. Tudo que o DECO fala foi criado pelo Ricardo Terto, um escritor e empreendedor da periferia que se comunica desde sempre com seus parças com códigos que, para nós, são desconhecidos. E em relação ao local deste encontro, seria muito pretensioso da nossa parte achar que uma estratégia de mídia iria alcançar esse público. Era preciso estar no lugar onde eles já estão conversando. Pedir licença e fazer parte do papo. E foi isso que a gente fez. Colocou um robô no messenger do Facebook, onde esses jovens já estão boa parte do tempo. Agora a conversa está lá, entre eles.” conta Pedro Fonseca, sócio da 2020.

O projeto piloto do Pense Grande acontece este ano em São Paulo e em 2017 chega a diversas capitais brasileiras.

Além do bom uso da tecnologia, a importância em falar a linguagem correta para atingir os jovens.

Para conversar com o DECO e assistir aos vídeos, clique aqui.

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