Os jovens não sabem. Os memes não traduzem. Didi é muito mais que qualquer remix de “No Céu tem Pão“. Um anarquista da TV Brasileira em tempos sombrios. Ao lado de Mussum, Dedé e Zacarias, Didi fez história nos anos 70, 80 e 90. Hoje em dia, quando muito, humoristas fazem história durante alguns meses.
O Didi de verdade, talvez, não seja para não-iniciados. Como Andy Kaufman ou Monty Python, pode ofender os despreparados.
https://www.youtube.com/watch?v=BtyauYadlcc
Quem é Didi? Não é, decerto, o trapalhão de domingos recentes que fez rir ao lado de Marcelo Augusto e Jacaré. O Didi, de verdade, fazia graça nos domingos de outrora, ao lado de Tião Macalé, Jorge Lafond, entre outros.
Didi traduzia em signos humorísticos as características do povo brasileiro. A lição, na época, era rir. Sim, não tinha muita coisa para tirar das sketches. Não havia preocupação sobre o significado disso ou daquilo. A preocupação toda era só uma: fazer rir. E como ele fazia.
https://www.youtube.com/watch?v=nqiVkpTgkVA
Era tudo tão errado, nós sabíamos disso no fundo. Mas era tão engraçado. E fazia rir. Ríamos como se não houvesse uma ditadura instaurada no país, como se a miséria não fosse um crescente, como se o Brasil fosse… o Brasil do Didi.
https://www.youtube.com/watch?v=ve6sSx4NH7A
E é por essas e outras que ele será o homenageado da #CCXP de 2016. O eterno Didi participa de um painel para 150 pessoas no CCXP Unlock na quarta-feira (30/11) e abre a programação no Auditório Cinemark – que conta com 3300 lugares – com uma homenagem à sua carreira na quinta (1/12). Participará também de uma sessão de fotos e autógrafos na sexta, dia 2/12!
Se conseguir ver, abraçar ou conversar com Didi, guarde a imagem do trapalhão naquela parte do cérebro em que as coisas não somem. Acredite, valerá a pena.