Renato Aragão, o Didi

Durante a CCXP UNLOCK, evento ocorrido nesta quarta-feira (30) e que antecede a Comic Con Experience, Renato Aragão, o eterno Didi Mocó, participou de uma sessão.

A ideia foi extrair de Renato nuances sobre sua trajetória que pudessem inspirar os presentes. Mas Renato foi além.

Logo na entrada, aplaudido de pé pela plateia, o trapalhão surpreendeu ao subir no palco sem a ajuda de escada. Havia um degrau considerável para alguém de sua idade: 81 anos.

Entrevistado pela competente Nathalia Arcuri, Renato começou falando sobre a formação dos trapalhões e de como eles eram um retrato do Brasil. Nas palavras do próprio Renato: um nordestino sofrido (Didi), um galã da periferia (Dedé), um negão da mangueira (Mussum) e o mineirinho (Zacarias).

Na época, um dos problemas enfrentados pela trupe foi a crítica. “Descia o cacete na gente”, explicou o trapalhão.

Renato afirma que “na Globo não tem desvantagens, só tem vantagens. Surpreendido durante a apresentação, Didi se emocionou ao ver no telão o saudoso Mussum. Com a voz embargada, ele explicou: “Não olho pra trás, não assisto programas antigos porque dá muita saudade”.

Na sequência, Renato comentou que não conhece o fracasso e só entra em projetos quando tem certeza do sucesso. Não pensa em hipóteses negativas. “Esse negócio de ‘se’ nunca foi comigo. Se elefante comesse barro e tivesse fiofó quadrado, cagava tijolo”, explicou em meio a risos da plateia.

Porém, 80 anos depois, 50 filmes no currículo e uma carreira repleta de prêmios, será que ele pensa em parar? “Tem um amigo meu que fala: ‘Renato, você é igual Globo News, nunca desliga”.

O trapalhão explica que continua ativo, pois “quem se acomoda, morre”. “Faço tudo hoje para preparar o meu presente, pois no futuro eu vou colher frutos. E esse futuro nunca vai chegar pra mim, estou empurrando ele com a barriga”.

Renato também lembrou de momentos marcantes durante a palestra. Como no dia em que beijou as mãos da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. “Meu medo era quando eu beijasse a mão, o Cristo batesse palmas”, disse para, mais uma vez, provocar gargalhadas da platéia.

Para o futuro, Didi deve lançar um filme no início de 2017, com direito a música inédita de Chico Buarque e um “clone” de Vin Diesel.

“Às vezes me dizem que sou idoso. Não sou idoso. Tenho juventude acumulada. Tenho medo da vaidade. Você chega perto da moça e ela diz ‘vai idoso'”.

Renato terminou sua apresentação aplaudido de pé e cercado por seus fãs.

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