Como eu já disse aqui, o Oscar de 2016 ficou marcado pela ausência de negros, tanto competindo quanto ganhando. Um dos filmes mais falados do ano, Moonlight, foi indicado em algumas categorias de extrema relevância, como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro. Se ele vai ganhar ou não já é outra história, mas podemos adiantar o tom mais conciliador da premiação esse ano.
Pela primeira vez temos três mulheres negras disputando a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante: Viola Davis, Octavia Spencer e Naomie Harris, todas excelentes em seus papéis nos respectivos filmes. Além disso, depois de 13 anos um asiático está indicado a Melhor Ator Coadjuvante com Dev Patel por Lion.
Na categoria Melhor Documentário, também três deles são dirigidos por negros e trazem em seu tema a questão racial. Não deixe de ver, aliás, 13th, uma parceria da Netflix e da mesma produtora de Selma, Ava DuVernay e OJ:Made in America, que levou tudo no Critics Award ano passado.
Entretanto, nem tudo são flores: pelo sexto ano seguido nenhuma mulher foi indicada na categoria de Melhor Diretor e até hoje somente uma asiática, Miyoshi Umeki, levou a estatueta de Melhor Atriz para casa.
No dia 26 de fevereiro vamos descobrir se, depois da polêmica do ano passado, as medidas tomadas pela academia para modernizar o prêmio tiveram efeito: foram contratados novos “perfis” de pessoas para votar e, talvez assim, não se ver tão mais do mesmo.
Uma coisa a gente já sabe: La La Land vai arrasar. Um filme que celebra a indústria de forma primorosa é tudo que a academia gosta de premiar e Damien Chazelle e sua equipe com certeza merecem todo reconhecimento. A diversidade a gente vai vendo, aos poucos, ganhando seu espaço. Sou do time dos otimistas, e você?
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