Como funciona o maior perfil de Instagram do mundo

Se você não é uma das 72 milhões de pessoas que seguem o Instagram da National Geographic, eu estou aqui para te contar: é incrível! Ok, é claro que é legal, você vai dizer: “eles têm aquele monte de fotos de natureza e bichos e lugares incríveis…eu também teria um monte de seguidores com essas fotos.” Pode até ser, mas saiba que dá trabalho e precisa de desprendimento para fazer acontecer.

Hoje estive em uma palestra com os responsáveis pelo @natgeo que, além dos milhões de followers, já somou 3.7 bilhões de likes e 28 milhões de comentários, números que fazem dele o maior perfil de mídia da plataforma. O trio (Raji Mody, VP de Social Media do National Geographic, Patric Witty, diretor de fotografia e Aaron Huey, fotógrafo do NatGeo) contou – para uma sala lotada no Hyatt – o processo por trás das histórias levadas aos canais sociais da marca.

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A sala durante a sessão do NatGeo

Segundo eles, o segredo por trás do sucesso da conta está em “Letting Go” (como dizia o nome do painel) o controle do Instagram e compartilhá-lo com todos os renomados fotógrafos que trabalham nas missões do National Geographic. Isso significa, na prática, que 105 pessoas detém a senha do @natgeo e podem postar, sem aprovações ou censuras, o conteúdo que desejarem.

Eles apenas seguem regras bem básicas (e flexíveis):

  • Respeitar o período de 3 horas entre um post e outro (exceto se o fotógrafo está no meio de uma missão e aquele momento TEM que ser registrado)
  • Cada fotógrafo pode postar até 3 fotos por semana (nem sempre eles cumprem)
  • Depois de postar, devem fazer logout imediatamente da conta

Os fotógrafos também são encorajados a usarem seus perfis pessoais para interagirem nos comentários das fotos e utilizarem o Stories para mostrar bastidores e o dia-a-dia de uma profissão tão singular. É claro que, para isso, precisam quase sempre superar dificuldades de conectividade nos lugares onde estão: o fotógrafo Cory Richards inclusive já esteve em uma missão fotográfica com um minissatélite para poder produzir e postar conteúdo.

A soma desse desprendimento da marca em relação à propriedade do canal e o talento dos fotógrafos resultam em fotos como essas retiradas do perfil @natgeo:

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