BBB: Building brazilian brands

A marca Brasil não está em seu melhor momento. Já longe da imagem do Cristo Redentor que decolava na capa da The Economist em 2009, e da mesma estátua que afundava rumo ao solo em outubro de 2013, talvez esteja chegando a hora de pegar os cacos que sobraram e entender o que é mesmo que o Brasil tem. Um país que passou de símbolo global de sucesso, inovação, saber-viver e “coolness” para sinônimo de problemas e corrupção aos olhos internacionais ainda tem muita coisa a oferecer.

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A verdade é que a tempestade (parece que) está começando a passar, e mesmo depois de todo o estrago ainda temos as mundialmente adoradas Havaianas, o Rio de Janeiro continua lindo, Os Gêmeos continuam com enorme sucesso internacional (apesar de não serem lá muito bem vistos pelo prefeito de sua cidade), os Irmãos Campana continuam sendo destaque na Forbes, e o capitalismo selvagem de Jorge Paulo Lemman continua comprando gigantes européias, americanas e de onde mais aparecer. Sim: a indústria sofreu, a inflação cresceu e o desemprego pegou, mas e quanto a marca Brasil? O que restou?

Restou o fato que o Brasil ainda é o Brasil e continua sendo sinônimo de samba, praia e futebol (feliz ou infelizmente), mas continua sendo também muito mais que isso. Apesar de estar com a roupa um pouco surrada, o Brasileiro ainda é reconhecido ao redor do mundo como “cool”, descolado, inovador, boa praça e, porque não, sexy.

Reunidas

É nessa toada que marcas como a britânica-tupiniquim Reunidas vêm construindo sua própria identidade. Em torno da Brasilidade e dessa bossa que só nós temos, dessa elegância ligeiramente descolada. Explorando valores que transformaram o modernismo brasileiro em ícone da arquitetura e do design internacional, Edward Neale, fundador da marca de camisas e acessórios, trouxe das cinzas o que ele chama de “The Brazilian Fit”, ou “O caimento brasileiro” em bom português. Inspirando-se na era de ouro dos anos 50 no Brasil para se posicionar e desenhar suas peças, Neale revive o glamour dos tempos da bossa-nova, das noites de gala no Copacabana Palace, da homérica construção de Brasília e das charmosas metrópoles Brasileiras que ferviam com a industrialização. Industrialização essa, diga-se de passagem,  que tinha como um dos símbolos a própria indústria têxtil, impulsionada pelo conhecimento de imigrantes italianos, japoneses, alemães e britânicos que criaram a partir da técnicas centenárias, um novo modo de se fazer roupas. Um modo elegante, bonito, leve, sexy: essencialmente brasileiro. É assim nasce uma marca que fala genuinamente do Brasil.

A Reunidas é só uma das empresas que vêm se diferenciando por meio de um DNA Brasileiro, e o seu recorte da brasilidade é somente um dentre tantos possíveis. Já está mais do que na hora de levantarmos a cabeça e voltarmos a falar do que temos. Na arquitetura, no design, na moda, nos cosméticos, na hotelaria, na gastronomia e em tantas outras áreas o nosso país que tem cores, cheiros, sons, sabores e texturas únicos. Temos que mostrá-los para o mundo, afinal, não é a toa que, até hoje, o Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada. Pense com seus botões quais as outras marca que você conhece com genuíno DNA brasileiro?

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