“Toró” de palpites

Filósofos, psicólogos, cientistas sociais. Todos já comprovaram que todos nós, seres humanos, somos super-confiantes quando julgamos a nós mesmos e isso se agrava quando se trata de criatividade. Por exemplo: quando somos induzidos a avaliar nossa performance tendemos a nos colocar sempre duas posições acima da opinião geral.

Para o dono, o seu negócio é o melhor do mundo.

Três mil pequenos empresários avaliaram, numa pesquisa, as chances de sucesso de diferentes empresas. E deram, em média, nota 8,1 (numa escala de 0 a 10) a seus próprios negócios, enquanto os concorrentes (mas que “entregaram” o mesmo) levaram nota 5,9.

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“Toró” de Palpite

Na GOGO fazemos muitas reuniões de brainstorm ou como diz nosso sociólogo da equipe, reuniões de “toró” de palpites. E não deixa de ser. Quando temos uma ideia, ela parece, na hora, o melhor palpite do mundo. Costumo observar o comportamento do time (e o meu) durante essas sessões e existe muito em comum. Um grupo de rostos vermelhos pela empolgação, êxtase e impaciência. Algumas feições que dizem “vou explodir” enquanto aguardam os colegas discorrerem sobre suas ideias, e outras de decepção ou até mesmo descaso quando as suas são rejeitas pela maioria.

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O poder da influência

Todos somos influenciados e exercemos influência sobre alguém. Uns mais, outros menos. Nem sempre a melhor ideia é aquela que foi vendida da melhor maneira. Mas, quase sempre são elas que dão certo já que são as que saem para o mundo, as que são testadas e melhoradas.

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Quanto mais, melhor!

O psicólogo e pesquisador Dean Simonton concluiu que há uma relação direta entre qualidade e quantidade, “a chance de produzir uma ideia influente ou bem-sucedida, é diretamente proporcional ao número de ideias geradas”. Ou, como aprendi num Design Thinking Experience, as ideias são como uma piscina de bolinhas: quanto mais tem, mais divertido fica. A Upworthy – empresa especializada em viralizar bom conteúdo, tem uma regra estabelecida para que os autores dos conteúdos criem 25 títulos diferentes para seus textos e vídeos, por acreditar que somente após descartar o óbvio é que temos liberdade para considerar hipóteses mais remotas. Não sei se existe uma regra, mas com certeza quanto mais forte o “toró”, mais chances de nos molharmos de boas ideias.

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O que vocês acham?

Ouvir diferentes frentes da empresa, e não apenas as que estão diretamente ligadas no projeto, também é um fator catalizador da criatividade, já que o compartilhamento de diferentes pontos de vista traz conhecimento e novos olhares para o time criativo. Nessa hora prevalece o exercício da empatia, “vamos ouvir esse cara, ele pode ter algo a acrescentar”.

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Não é você, sou eu

Nunca esquecer “para quem estamos criando” é tão óbvio, mas tão difícil, que deixei para o final do texto. Aqui na GOGO trabalhamos guiados pelo Fator H, nossa área de Estudo de Comportamento. Nós tentamos compreender além do consumidor e praticar a empatia pela pessoa para qual estamos criando. Nos despir das certezas, dos nossos “torós” de preconceitos têm sido um dos maiores motivadores das nossas criações e da nossa transformação diária coletiva.

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Fala que eu te escuto

Além da empatia, há de se ouvir o feedback de diferentes membros da equipe e clientes. Isso continua sendo a melhor maneira de avaliar nossas ideias. E, claro, quando o cliente recusa a criação com poucos argumentos, cabe a nós inseri-lo na mesma página, observá-lo com as mesmas feições inquietas dos nossos brainstorms e compreender se a nossa ideia é mesmo uma m* ou se precisamos trocar mais figurinhas.

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A fila anda

Simonton (citado mais acima), constatou que mesmo depois de serem informados da preferência do público, os criadores das ideias tornam-se vítimas do que ele chama de tendência de confirmação: eles se concentram nos pontos fortes de suas ideias e ignoram ou minimizam as limitações. Não vamos fazer isso. Se não vale a pena, passa para próxima. Afinal, é para isso que os nossos clientes nos pagam, para que nossas ideias resultem num “toró” de ganhos.

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