Simone Giertz: a linha tênue entre a praticidade e a inutilidade da tecnologia 

Que coisa mais linda…

A jovem sueca mantém um canal no YouTube em que mostra suas mal-sucedidas experiências com robôs domésticos.

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Uma máquina de picar legumes que joga cenoura por todos os cantos da cozinha; uma engenhoca que promete passar batom nos lábios de quem a utiliza sozinha e assim o faz – mas por todo o rosto também; um despertador que acorda violentamente quem ultrapassar os minutos a mais de soneca.

Essas são algumas das invenções de Simone Giertz, uma jovem garota sueca que exibe todas as suas malucas criações em seu canal do YouTube, que já soma quase 800 mil inscritos, além dos mais de 150 mil seguidores no Instagram.

Com 26 anos, a “rainha dos robôs” mostra que, apesar de muitas vezes úteis, tecnologias são programadas para executar funções em repetição, de modo que elas não se importam – e nem têm consciência disso – se o que elas supostamente deveriam realizar está dando certo ou errado. Alimentando seu canal quinzenalmente, Simone não tem vergonha de mostrar as falhas – e muitas vezes hilárias – de suas invencionices.

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Que fique claro: a garota não é engenheira. Aliás, ela até tentou: chegou a cursar Engenharia, sim, no Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo. Mas o período de um ano foi o suficiente para fazê-la entender que essa não era sua vocação – ou pelo menos não seria sua profissão “real”. Isso, no fim, torna a coisa toda ainda mais legal porque, apesar das falhas tecnológicas de seus “shitty robots”, o canal funciona para mostrar que todo mundo pode criar alguma coisa.

E isso faz sentido se continuarmos analisando a trajetória dela: depois da tentativa de estudar engenharia, Simone optou por uma faculdade mais alternativa, a Hyper Island, que tem como lema ajudar as pessoas a realizarem seus potenciais e, assim, mudarem o mundo. Foi aí que a carreira da rainha dos robôs começou a de fato tomar forma. Mas, dispensando o termo de “queen of shitty robots”, Simone prefere se autodefinir como “inventortainer”, uma mistura de inventora com “entertainer” que um amigo inventou para definir sua função. Ou ainda uma mistura de inventora e youtuber, termo que usa às vezes em seu perfil no Instagram.

As criações de Simone visam resolver problemas pequenos e chatos do dia a dia como cortar vegetais para preparar saladas, acordar na hora, assim que escutar ao toque do despertador ou escovar os dentes, quando nossos olhos ainda mal estão abrindo por conta do sono. Seriam ótimas ideias se elas realmente funcionassem mas, como falamos, a ideia da jovem não é necessariamente resolver esses problemas, e sim brincar com eles, deixando sua criatividade fluir.

Mas nem tudo é brincadeira: Simone morou durante um ano em São Francisco, onde trabalhou na Punch Through Design, empresa de tecnologia. Ali, seu cargo era basicamente desenvolver novas utilidades – estas, mais divertidas – para os produtos criados ali. Hoje, ela trabalha em um centro comercial na própria Estocolmo e mantém, ali dentro, sua oficina.

Nova fase

Em um de seus vídeos mais recentes, Simone conta que está colocando à venda sua houseboat. A moradia é conhecida dos fãs da inventora-youtuber, pois é cenário de muitos de seus vídeos.

A mudança acontecerá graças a um contrato com Adam Savage, ex-apresentador do programa MythBuster, que convidou Simone a ser coapresentadora de seu canal no YouTube, o Tested – que já soma mais de 3 milhões de inscritos. Simone volta para São Francisco e, no canal do novo colega, segue exibindo suas criações.

A parceria, ao que tudo indica, tem funcionado: os vídeos com Simone no Tested sempre batem a marca de 500 comentários e possuem quase 200 mil views. Aqui, ela mostra como transformar objetos simples de escritório em coisas mais malucas…

Dica da Nicole Vitto.

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