Você conhece a Cúpula da Cachaça?

Doze profissionais de diferentes formações e uma paixão em comum: o destilado nacional brasileiro

A Cúpula da Cachaça começou de maneira informal, como um encontro entre amigos que frequentemente se cruzavam em eventos pelo Brasil afora e, em 2012, fizeram sua primeira reunião oficial para debater, com a devida calma, diversos temas relacionados ao universo da cachaça.

Hoje, a Cúpula é um grupo oficial, que tem como missão principal olhar de maneira absolutamente ampla o universo da cachaça, em todos os seus aspectos: cultural, sensorial, químico, industrial, mercadológico, comercial entre outros, além de apresentar análises e soluções, caminhos novos ou alternativos, para divulgar e popularizar a bebida brasileira – e fazer com que, assim, ela conquiste cada vez mais reconhecimento, tanto nacional quanto internacional.

 

Para manter a isenção entre a equipe, não são permitidos produtores de cachaça entre os membros da Cúpula. Hoje, ela é formada por profundos conhecedores da cachaça, em relação ao todo ou com alguma especialidade, como, por exemplo, a cultura da cachaça, o processo de fabricação, o marketing do setor, o comércio, a divulgação e etc. A Cúpula é formada por doze membros, escolhidos por este critério. A seleção de novos integrantes é feita pelos atuais membros, que analisam o nome proposto e votam por fazer ou não o convite. Ninguém se candidata ou se inscreve pra participar da Cúpula.

Sidnei Maschio, jornalista e um dos membros da Cúpula, explica como o grupo atua: “Nós nos reunimos uma vez por ano, sempre em janeiro, durante três ou quatro dias, numa pousada e cachaçaria de um dos membros em Analândia, São Paulo. Os temas propostos na pauta são discutidos entre todos e um relator escreve as conclusões na forma de um artigo, que é publicado na Revista da Cúpula – a publicação tem uma única edição por ano e é distribuída gratuitamente”.

A cada dois anos, a Cúpula promove ainda o Ranking da Cachaça, que classifica as 50 melhores cachaças do Brasil no biênio. Atualmente, o III Ranking está em andamento. A primeira fase, de voto popular, já encerrou. Na próxima fase, especialistas sem vínculos formais com empresas produtoras das cachaças concorrentes elegem as 50 melhores dentre as 250 indicadas pelo público. Na fase final, a Cúpula da Cachaça se encontra para uma degustação às cegas dos 50 rótulos que passaram pelo voto popular e crivo dos especialistas. E então é feito o ranking final, com posições que vão do 1º lugar, a “Cachaça do ano”, até a posição 50ª. A degustação será realizada no início de 2018.

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A Ficha de Degustação

 

Apesar de ser um destilado totalmente brasileiro, a cachaça ainda não tem seu consumo tão propagado pelo Brasil. Especialmente nas grandes cidades, os bares mais prestigiados têm entre as bebidas mais pedidas preparos com gin ou vodka. “A cachaça sofreu um preconceito secular, por conta de uma elite supostamente sofisticada que em determinado momento da história passou a valorizar a cultura estrangeira, no mais amplo sentido da palavra cultura, em detrimento de tudo o que dizia respeito à identidade brasileira”, explica Maschio. Mas isso tende a mudar. “A mudança já está acontecendo e, apesar desse processo ocorrer a passos lentos, ela está cada vez mais visível às pessoas não ‘iniciadas’. Basta reparar nas prateleiras e nas mesas dos restaurantes e bares de todas as categorias e pra todos os níveis de poder aquisitivo. A cachaça já está mais presente”, defende.

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A Cúpula mantém um site oficial que reúne, entre outras informações, artigos sobre o tema para quem quer ficar por dentro do universo da bebida, além de um perfil no Instagram.

Tim-tim!

 

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