O músico e produtor Arthur Joly tem como missão principal encontrar sons até então nunca reproduzidos. Para isso, ele desenvolve seus próprios instrumentos, que vez ou outra lembram móveis antigos saídos diretamente de um antiquário, e que, por mais contraditório que isso pareça, geram sons de pegada futurista.
Isso porque, para quem não é muito familiarizado com o termo, sintetizadores são os responsáveis por produzir aquele som constante que aparece nas músicas eletrônicas e em algumas canções que rock também – lembrando, mais ou menos, um piano elétrico, com aquele timbre bem característico. Por isso esse paradoxo de som “do futuro” saído de instrumentos “do passado”.
A coleção de sintetizadores de Joly é enorme. Primeiro, ele comprava os modelos escolhidos por meio de lojas online. Depois, descobriu, através de pesquisas na internet, que dava para construir suas próprias versões. Nesse momento, ele até tentou criar uma marca, mas preferiu produzir seus próprios sintetizadores em vez de vendê-los. De vez em quando ele até aceita uma ou outra encomenda, mas só se for convencido de que o projeto é realmente interessante e se puder fazê-lo no seu tempo, sem pressão, como se fosse um pintor criando um quadro novo.
Até hoje, Joly não sabe se enxerga seu trabalho como um equipamento útil para o dia a dia de um produtor musical ou como uma obra de arte de colecionador.
Quando diz que com ajuda dos sintetizadores é possível criar um som inédito, Joly explica que isso acontece pela mudança de pequenos detalhes, como o tamanho dos cabos ou as ligações feitas entre os mesmos. Uma vez produzido e gravado o som, está registrada sua criação exclusiva.
Vale assistir ao documentário produzido pela Red Bull e acompanhar seus projetos: AQUI.
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