Bem-vindos ao Futuro Descentralizado

No que resulta uma sexta-feira cheia de tecnólogos e criadores independentes, dentro do HQ de uma escola de samba?

Depois de assombrarem os sonhos de banqueiros, e despertarem confusão na cabeça dos despercebidos… criptomoedas agora estão na boca do povo. Parece que todo mundo tem aquele primo que já investiu, ou aquele amigo de amigo que ficou rico quase sem querer. Mas além do caráter financeiro, o que mais de interessante há por trás de tudo isso?

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Andreas Antonopoulos, uma das maiores figuras do bitcoin, famosamente aconselha que se “invista em educação, não em especulação”. Norteado por esse princípio, aconteceu, na sexta-feira passada (08/12), um evento recheado de cor e tecnologia, na Casa do Baixo Augusta, em São Paulo. Promovido por uma startup descentralizada chamada Paratii“Bem Vindos ao Futuro Descentralizado” juntou alguns dos maiores nomes do cenário nacional de blockchain, assim como um line-up respeitável de personalidades da TV e do vídeo online.

Em pauta: como a blockchain (não só as moedas que ela permite!) está mudando a vida de quem conta histórias pela internet?

Nas palavras de Marcelo Tas, cuja palestra incendiou os mais de duzentos presentes, “não tem mais linearidade. Tudo está uma grande geleca, desorganizada, e — mais incrível ainda! -, centralizada. Mais centralizada que era quando eu comecei a produzir audiovisual. Por isso vejo uma enorme oportunidade diante do conceito sendo debatido aqui.

Pra quem não sabe, o bitcoin foi o primeiro ativo digital a atingir escala global sem ter um banco central, governo definido, ou instituições intermediando transações. Depois dele, vieram centenas de outras moedas, e ficou claro que o grande potencial estava mesmo na tecnologia subjacente da blockchain. Um de seus traços mais marcantes? A capacidade de distribuir em redes trabalhos até então realizados e monetizados exclusivamente por companhias fechadas. Está aí o significado da descentralização. E é essa a visão que a Paratii está aplicando ao mercado de vídeo online: em vez de construir uma plataforma fechada buscando fluxo de caixa, estamos construindo um protocolo aberto e não-taxado buscando escalabilidade e pulverização do controle. Soa fora da casinha, nós sabemos. Pode ser bom dar uma respirada e assistir em vez de ler:

Descentralização é código, em vez de lei. É confiança criptografada, em vez de corruptibilidade. É diversidade e abertura, em vez de filter bubbles e ditadura de verdade.

Na última sexta-feira, na Casa do Baixo Augusta, o que se viu foi uma festa da heterogeneidade: cabelos coloridos e carecas experientes; meninos, senhoras; gente de toda procedência e com todo tipo de aspiração. Muito diferente do perfil executivo encontrado em um evento típico de blockchain. O que nos faz voltar ao início desse texto: criptomoedas estão sim na boca do povo… mas e a descentralização em si?

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É preciso contar essa história não só a partir de números, mas de pontos de vista mais humanos. A revolução não tem como combustível o dinheiro, mas sim o sonho coletivo de se legar uma sociedade mais transparente, eficiente e justa.

Ah, já ia quase esquecendo. No final do evento, foi apresentado o trailer de uma série documental que amarra todos esses conceitos numa narrativa que beira a utopia. Ou será que é só a realidade, dois passos ali à frente?

http://https://www.youtube.com/watch?v=LR1fOVVxqZU&t

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