Um pouco de experiência no SXSW

O que esperar do maior evento de inovação do mundo – e algumas dicas para aproveitá-lo a fundo

Quando o Update or Die chegou para cobrir o SXSW pela primeira vez: “era tudo mato!”

Brincadeiras à parte, somos de fato o único veículo brasileiro a acompanhar em primeira pessoa, por quase uma década consecutiva, o que é hoje considerado um dos mais importantes eventos de inovação, cultura e tecnologia do mundo – experiência contínua e prolongada nos garante uma bagagem que, perdoem a falta de modéstia, ninguém mais tem.

O que isso quer dizer em prática? Bem, que nossas coberturas tendem a ser um pouco diferentes, uma vez que conhecemos profundamente os desdobramentos do SXSW, e já sabemos, portanto, nos estruturar de forma a otimizar o conteúdo produzido in loco, diretamente de Austin. Compartilhamos o que nos impacta de verdade (e o que aprendemos com isso).

Este ano não vai ser diferente: desembarcamos na pequena cidade do Texas em alguns dias, para contar aqui os melhores aprendizados compartilhados por algumas das pessoas mais inspiradoras da nossa geração.

O que podemos adiantar, por enquanto, é que alguns assuntos serão particularmente “quentes” no festival. Questões como blockchain e cryptomoney devem ser recorrentes – até porque quatro painéis são integralmente dedicados ao tema (como a grana virtual pode impactar a mídia e o entretenimento), assim como as Fake News e a nova corrida espacial (quando vamos à Lua ou Marte?).

Na mesma esteira da tecnologia, vamos acompanhar – mais uma vez – muitas conversas sobre realidade virtual e inteligência artificial. Embora cada categoria tenha conteúdo próprio, com especialistas nos assuntos, são temáticas que se encontram em muitos pontos, sobretudo no que diz respeito a mudar a forma como nos relacionamos uns com os outros e com o mundo.

De carona nos tópicos acima, talks que mostram como o big data e o avanço da tecnologia impactam na forma como lidamos com questões relacionadas à saúde também prometem alavancar ainda mais atenção da mídia e da sociedade nos próximos anos.

Como não poderia deixar de ser, o SXSW também abre alas para novas discussões sobre audiência, conteúdo na era digital e os novos rumos da mídia e do entretenimento – pautas recorrentes no evento por razões óbvias e, por isso mesmo, imperdíveis.

Outros debates interessantes devem surgir nas entrelinhas dos grandes painéis e palestras, por isso vale lembrar que o melhor conselho para novatos no SXSW é o planejamento flexível: invista tempo em pesquisar um pouco sobre os palestrantes e convidados, estudo pelo menos o mínimo das discussões programadas, mas tenha sempre planos alternativos “na manga”, porque nem sempre algumas experiências correspondem às nossas expectativas. Em casos de frustrações, pequenas ou grandes, corra para o plano B, C ou D — e tudo bem se sua carta coringa for um papo com estranhos (ou conhecidos) ali no festival. Alguns dos aprendizados mais especiais que acumulei no SXSW surgiram de conversas despretensiosas com “estranhos”.

E já que estamos nesta seara de conselhos, peço licença para soltar aqui mais umas sugestões. Mantenha a cabeça aberta. Austin recebe gente do mundo inteiro; pessoas com vivências e opiniões diversas. Se você souber ouvir e estiver disposto a alargar seus horizontes, o evento pode ser uma vivência realmente transformadora – como ser humano mesmo, não apenas como profissional

Por conta de tantas “surpresas”, acho que é sempre bom estar preparado para tudo. De repente você consegue uma reunião de última hora, ou recebe um convite para jantar – daqueles que não dá para passar no hotel e se arrumar antes de ir.

E, se estiver por lá e quiser bater um papo, me procura.

Receba nossos posts GRÁTIS!
Deixe um comentário

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More