Não sou do tipo que curte um painel, mas vim para o SXSW decidida a sair do conteúdo óbvio. E nesta busca por provocação, o título “Healing the mind: Design, Tech & Psychedelics” já merecia, no mínimo, um olhar curioso.
O papo, comandado por Laurie Segall (CNN) foi riquíssimo ao abrir projetos absolutamente inovadores que usam da tecnologia para tratar doenças psicológicas e, inclusive, o suicídio. A esquizofrenia, por exemplo, é severa, porque além das limitações que impõe, faz com que indivíduos prefiram o isolamento, com medo da exposição provocada por novas crises. Assim surgiu o app PRIME, que ao conectar pessoas e especialistas no assunto, faz com que o compartilhamento de experiências as ajude a retomar as rédeas de suas vidas. Mais do que isso, aprendem juntas a lidar com a paranóia, não é incrível? Entenda mais:
https://youtu.be/te6re94ycTk
Outro projeto que me despertou profunda curiosidade foi trazida por George Goldsmith. Isso porque eu cresci com minha vó falando que a cura para todos os males estaria na natureza, mas jamais esperava encontrar a solução para o mal do século nos cogumelos, que ficaram famosos por seus poderes alucinógenos. E é exatamente isso que a startup britânica Compass está prestes a provar, ao testar o composto em 400 pacientes que sofrem de depressão. Alívio dos sintomas, sensação de bem-estar, qualidade de sono, pensamento mais claro e a regulação do humor são apenas algumas das promessas deste experimento. Goldsmith ainda afirma que tal substância é capaz de reconectar regiões do cérebro – o que significa, de fato, a cura. Não é fantástico? Confira este TED da parceira do projeto, Rosalind Watts:
Este post faz arte da cobertura oficial do SXSW 2018 pelo Update or Die, diretamente de Austin, no Texas. Não deixe de conferir os outros posts com o melhor do festival na nossa página exclusiva do festival clicando aqui.