A mais antiga mensagem na garrafa foi encontrada na Austrália

Bilhete trazia coordenadas de navio alemão, e fazia parte de um estudo das correntes marítimas.

Ela saiu para caminhar na praia e acabou, de certa forma, viajando no tempo: Tonya Illman descobriu, nas areias do litoral oeste da Austrália, a mais antiga mensagem em uma garrafa que temos registro, lançada ao mar 132 anos atrás.

A mulher passeava à beira-mar em uma região remota, próximo às dunas de Wedge Island, quando viu algo destoante da paisagem. Ao se aproximar do “objeto não identificado”, percebeu que se tratava de uma bela garrafa, “a princípio pensei que fosse uma garrafa qualquer, mas achei as letras em alto relevo e o design bem diferente, então pensei que ficaria linda na minha prateleira de livros”, disse aos jornais locais, explicando porque a levou pra casa.

Sua nora ficou responsável pela limpeza daquele garimpo e foi justamente na hora de se livrar da areia contida no interior da garrafa de gin que a família notou um pequeno rolo de papel envolto por um barbante, datado de 12 de junho de 1886.

A partir de uma investigação, veio à tona o itinerário da garrafa: ela foi lançada ao mar diretamente do veleiro alemão Paula, e cruzou o Oceano Índico todo, até atracar na costa australiana, a 950km de sua partida.

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De acordo com registros históricos, navios alemães daquela época trabalhavam em uma pesquisa de 69 anos que envolvia jogar milhares de garrafas no mar para rastrear as correntes oceânicas.

Cada mensagem trazia as coordenadas e o nome do navio de “partida”, além da data de seu lançamento – esses dados foram fundamentais para que os arqueólogos marinhos envolvidos no caso conseguissem atestar a veracidade e a origem dessa carta recém-descoberta.

Toda essa peripécia foi confirmada por especialistas do Observatório Naval Alemão, quebrando o recorde para a mensagem mais antiga em uma garrafa, que antes era de 108 anos.

Kym Illman, marido de Tonya,  disse que depois de trazê-lo para casa, o papel úmido e antigo foi colocado no forno por cinco minutos para secá-lo.

Essa narrativa toda, porém, não é exatamente novidade. Das milhares de garrafas lançadas ao mar em nome do experimento alemão, 662 já foram encontradas e devolvidas. Sendo essa, de 1886, a mais antiga; e uma de 1934 a mais recente.

 

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