Gêmeos criam uma fascinação quase que inevitável, pois são duas (ou mais) pessoas que nasceram ao mesmo tempo e possuem as mesmas características genéticas chamando a atenção de curiosos como Peter Zelewski, um fotógrafo que se dedicou a registrar gêmeos idênticos para mostrar seus laços e principais diferenças.
Zelewski se dedicou a descobrir a verdade por trás dos vínculos mais profundos dessas pessoas, captando as sutis diferenças que os torna únicos.
Roupas, poses, gênetica e expressões são apenas detalhes quando comparado ao momento em que essas pessoas nasceram juntas. Zelewski entrevistou 12 gêmeos, todos vivendo em Londres, e as respostas sobre suas ligações são maravilhosas.
“Nossa mãe nos disse que quando éramos bebês nós costumávamos nos comunicar sem falar, fazendo barulhos. Crescemos tão próximas que nunca sentimos a necessidade de ter muitos amigos. Agora mais velhas, gostaríamos de ter um melhor amigo que não fosse a outra. O problema é que quando nos encontramos com alguém novo, eles sempre nos vêem como um e não como indivíduos. Nossa identidade individual é realmente importante para nós.” – Kira e Taya, 15 anos.
“Eu me lembro de quando éramos muito pequenos e passamos a noite separados pela primeira vez, me senti tão sozinho e não consegui parar de chorar. Hoje em dia somos muito diferentes, mas também muito parecidos. Joe é mais ambicioso, mais colorido que eu. Ele adora maquiagem e quer ser maquiador um dia. Eu amo fotografia e prefiro estar nos bastidores com minha câmera. A melhor coisa sobre ser um gêmeo é poder conversar confortavelmente e nunca ter que se preocupar em ser julgado.”- Duke e Joe, 15 anos.
“Quando éramos crianças eu queria ser astrônomo e Dijon queria ser advogado, mas agora estamos estudando administração de empresas. Nós amamos ser gêmeos. Não há nada melhor do que ter seu melhor amigo e irmão em um só. A única desvantagem é que, quando estamos separados, os amigos estão sempre se aproximando erroneamente do ‘outro’ gêmeo, o que fica realmente embaraçoso quando você não sabe quem eles são!” – Devontay e Dijon, 23 anos.
“Delilah é minha melhor amiga e eu sou dela e nós nunca queremos que isso mude, nós nunca queremos ficar sem a outra. Sempre me sinto mais confortável quando estamos juntas. Assistindo televisão, fazendo o cabelo uma da outra e até dormindo na mesma cama. Quando brigamos, nunca dura muito, porque no fundo não gostamos de ficar separadas. As pessoas sempre perguntam o que é ser um irmão gêmeo, mas como podemos responder isso quando não sabemos como não é ser gêmeo!?” – Tululah e Delilah, 13 anos.
“Sempre fomos inseparáveis e vestimos o mesmo desde muito cedo. Isso nunca caiu bem com nossos professores na escola. Os professores odiavam nossa união e estavam sempre tentando ao máximo manter-nos separados. Eles até disseram à nossa mãe que não deveríamos nos vestir da mesma maneira. Eu acho que eles entenderam mal a nossa proximidade, mas isso só fez nosso vínculo mais forte. Nós ainda nos vestimos da mesma forma hoje. Sempre que eu vou às compras, eu sempre pego dois de tudo.”- Clinton e Lee, 23 anos.
“Somos melhores amigas e irmãs, tudo em um só. Há um forte vínculo entre nós, o que significa que sempre sabemos o que a outra está pensando, sentindo ou até mesmo sonhando. Chloe uma vez caiu do topo dos nossos beliches e quebrou a clavícula. Ela estava com uma dor terrível, mas não chorou; mas eu não conseguia parar de chorar. Era como se a dor dela fosse transferida para mim, eu sabia exatamente como ela estava se sentindo.”- Chloe e Leah, 13 anos.
“Temos sido muito próximos toda a nossa vida e nossas personalidades são bastante semelhantes. Às vezes até temos a mesma ideia ao mesmo tempo, conversamos sobre e percebemos que nós dois pensamos o mesmo! Essa semelhança é muito mais forte do que a nossa aparência, porque mostra como somos verdadeiramente parecidos tanto por dentro quanto por fora.” – Bill e Toby, 14 anos.
“Tanto Sharmeena quanto eu mudamos tanto em nossas vidas que nunca vivemos em um lugar que poderíamos chamar de lar. Quando você é jovem e se move de país para país, fazer amigos pode ser difícil, o que eu acho que só fortaleceu o vínculo entre nós. Se nos mudássemos para um novo lugar e não fizéssemos amigos, pelo menos nós teríamos uma a outra, os melhores amigos que ambas poderíamos esperar” – Sharmeena e Ridhwana, 23 anos.
“Como pais de Mickey e Reggie, estamos felizes por nossos filhos serem gêmeos, principalmente porque sabemos que eles terão um melhor amigo para a vida toda. Mesmo em tenra idade, ambos têm características e interesses muito diferentes. À medida que envelhecem, sabemos que seu forte vínculo proporcionará segurança e confiança para garantir que, sejam quais forem os objetivos que eles perseguirem, o outro sempre estará lá para dizer ‘estou orgulhoso de você’.” – Reggie e Mickey, 2 anos.
“Durante um feriado na Itália fiquei muito doente e fui hospitalizada. Minha irmã veio me visitar à noite, mas quando ela estava saindo, meu médico a viu saindo do hospital e ficou louco, gritando em italiano e com raiva gesticulando. Ele não percebeu que eu tinha uma irmã gêmea! A barreira do idioma impedia minha mãe de explicar, então ela teve que fisicamente trazê-lo de volta para a enfermaria e mostrar a ele que éramos gêmeas.”- Edwina e Rebecca, 27 anos.
“Tem sido difícil para nós duas. Nossa mãe era viciada e nosso pai morreu de overdose apenas algumas semanas antes de nascermos – ele tinha apenas 16 anos. Fomos colocadas sob cuidados desde cedo e não tínhamos mais ninguém além da outra. Eu acho que isso é o que tornou nosso vínculo tão forte, pois nunca tivemos uma mãe ou pai. Nós estivemos lá uma para a outra durante os momentos mais difíceis e ainda estamos até hoje.” – Che e Leonie, 23 anos.
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