Eu preciso de inspiração, e daí?

Sempre funcionei à base de inspiração, e isso nunca me pareceu um problema. A partir daí, portanto, cheguei a algumas conclusões que me permitem pensar assim sem que eu recaia sobre uma irresponsabilidade inocente demais.

Reza a lenda das citações que Thomas Edison já decretava que “a genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração”.

Você com certeza já leu mais um bocado de artigos e citações desmistificando a necessidade de um momento inspirador para se alcançar o sucesso. Numa oficina de poesia de que participei recentemente, a verdade era a mesma: sem esse papo de inspiração — a gente precisa criar com o que tem. Sem dúvida alguma, trata-se de uma visão que empodera e inspira (rs) o trabalho árduo como caminho inteligente para os grandes resultados. E isso é muito massa!

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Mas aquela filosofia teimosa de ressignificar as obviedades do mundo empreendedor me faz contestar a generalidade que máximas como essa estabelecem. Sempre funcionei à base de inspiração, e isso nunca me pareceu um problema. A partir daí, portanto, cheguei a algumas conclusões que me permitem pensar assim sem que eu recaia sobre uma irresponsabilidade inocente demais. Dá uma chance pra esse pensamento, vai. ❤

1. Não espere a inspiração que cai do céu

Às vezes, inspiração cai do céu, sim. A gente sabe que acontece. No banho, na madrugada, na chuva no vidro do carro, vez ou outra aquela epifania matadora surge como que do nada. O problema é contar com ela. O ponto-chave da inspiração como combustível é saber gerar momentos inspiradores autonomamente. E ninguém melhor que você pra te conhecer bem a esse ponto.

2. Encontre inspiração renovável e sustentável

Funciona como a questão energética no mundo. O desafio não é deixar de gastar energia, e sim criar fontes renováveis e sustentáveis que geram energia. Com inspiração, é a mesma coisa. Todo mundo pode criar seus próprios geradores (renováveis) de energia inspiradora, e isso, pra quem vive de criatividade, é libertador! As campanhas, as experiências, as apresentações, tudo passa a contar com uma ferramenta genuína de suporte à boa imaginação.

3. Construa seu gerador de inspiração

Eu sempre admirei pessoas que colecionam coisas. Latinhas, selos, moedas, tudo. Sempre quis imitar, mas nunca me identificava com algo significante o bastante pra mim, pra que eu investisse em ter uma coleção. Até que percebi que uma das minhas maiores paixões era colecionar inspirações.

No meu caso, significava guardar momentos, palavras, poesias, fotografias, músicas, filmes, clipes, comidas, atividades, lugares e lembranças às quais recorro na busca quase diária por inspiração. E foi com essa percepção que eu passei a valorizar momentos em que eu me sentia inspirado — para escrever um texto, para planejar sonhos ou para só pensar em assuntos aleatórios.

Hoje, se eu sinto falta de inspiração para alguma atividade (ou pra vida mesmo), sei quais músicas vou escutar no Spotify, quais as pastas vou abrir no Pinterest, quais contas vou visitar no Instagram, quais poesias antigas vou ler e o que é que vou fazer depois do trabalho.

Taí uma ferramenta importantíssima para lutar contra a insegurança, a ansiedade e até mesmo a velocidade do mundo de hoje. Pra mim, pelo menos, ter esse kit-inspiração tem funcionado muito bem!

4. Sua inspiração precisa ser autônoma e portátil

No meio de um projeto no trabalho, nem sempre vai ter tempo ou clima pra dar uma volta na cidade a fim de procurar inspiração. Os geradores precisam estar ao nosso alcance, feito uma biblioteca de inspiração, bem organizada e disponível 24 horas para acesso. Vale até uma listinha no caderno ou um post-it no computador do trabalho.

5. Isso não significa que a inspiração vai resolver tudo

Vale deixar claro, primeiro, que esse esforço por criar seus próprios sistemas cíclicos de inspiração também é certa transpiração — super cabe pensar assim. Segundo, não é justo com nossos geradores de inspiração esperar que esses momentos deem conta de todo o trabalho bruto que vem com a transpiração depois. O ponto é que toda ralação flui muito melhor quando a cabeça e o coração estão mega inspirados.

No fim das contas, tem espaço pras duas partes. A gente sabe que a inspiração não é responsável pelo trabalho todo. Só vamos combinar, seu Thomas Edison: valia mais que 1%, né?


E você, o que tem no seu kit de inspiração? Conta aí nos comentários!

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