Não me pergunte por que alguém faria um estudo sobre a letra “G”.
Se fosse o ponto G, pelo menos.
Bom, o fato é que os “pesquisadores de cognição” (professores?) da Universidade Johns Hopkins fizeram. Provavelmente sairam pelo campus perguntando para os estudantes se eles conseguiam reconhecer a letra “G” correta em uma plaquinha com 4 alternativas. E 72% das pessoas… erraram.
Vamos ver como foi.
Primeiro, faça você mesmo o teste
E agora veja um pouquinho de como foi o estudo:
Pessoalmente acho uma pesquisa furadíssima, porque a escolha da fonte utilizada no teste tem influência gigante neste resultado. Ruidaço. Mas a conclusão do estudo traz uma coisa legal pra gente pensar:
Os pesquisadores acham que a maioria errou porque não escrevemos mais tanto quanto antes.
Realmente, eu nunca tinha pensado dessa maneira: hoje em dia (pelo menos desde as máquinas de escrever) a gente “localiza e escolhe” letras. Antigamente a gente tinha que desenhá-las de fato. Eu sei por experiência própria os garranchos que tenho feito a cada bilhete que tenho que escrever, minha letra atrofiou faz tempo. Aliás, o ato de escrever tem se restringido, cada vez mais, a um breve período alí na alfabetização. Os desenhos livres já passaram por isso há algumas gerações, e agora é a própria escrita. Quer dizer, não sei né? Palpite.
Estamos indo de “makers” para “pickers”? O mundo tem tanta oferta de tanta coisa que estamos virando clientes de bandejão? Será? Insight interessante hein? Diga aí o que você acha.
Você pode comprar e baixar um pdf com a íntegra do estudo no Journal of Experimental Psychology: Human Perception and Performance