X, Y, Z: a sopa de letrinhas geracionais dá caldo e negócios

Empresas como o canal VIVA, que conseguem promover o encontro de pessoas de diferentes idades ao redor de um novo produto, estão em alta.

Talvez sejam os orgânicos, os exercícios frequentes, o avanço da medicina — sobretudo a preventiva — ou a mistura de tudo isso, mas a verdade é que seja lá qual for a causa, o resultado é uma longevidade histórica: nós nunca vivemos tanto e tão bem.

Num mundo onde passar dos 90 já não vira notícia, é importante observar como os relacionamentos intergeracionais se dão — até porque o convívio de três ou quatro gerações bem determinadas era algo inédito até não muito tempo atrás. Ah, e vale dizer, esse encontro não se restringe às salas de estar, reuniões familiares e afins, mas acontece com cada vez mais frequência nos escritórios e ambientes profissionais também.

Pesquisadora do assunto, a consultora de inovação da Cia de Talentos Tey Yanagawa, de 31 anos, tem lá suas ressalvas quanto às nomenclaturas e divisões, porque entende que uma série de fatores combinados levam a essa “separação” das gerações, e que isso não acontece de um ano para o outro, como alguns costumam acreditar.

Ela pondera ainda que, embora muitas análises datadas tenham sido embasadas na sociedade americana e não se apliquem com precisão ao Brasil, os dados mais recentes tendem a encontrar maior flexibilidade internacional, uma vez que a globalização “encurtou” as distâncias culturais e sociais de diferentes países.

“A gente percebe, por exemplo, que de uma maneira geral, não existe mais essa coisa de categorizar alguém por sua idade, mas pela atitude. Há pessoas de 40 anos que mantêm a cabeça aberta e se colocam à disposição de novas aventuras, escolhas tipicamente associadas aos jovens. Ao mesmo tempo, há garotos e garotas que adotam uma postura séria e compromissada, características atribuídas à maturidade”, explica.

Apesar desses novos paradigmas, Tey reconhece que boa parte dos indivíduos de uma geração específica tenha alguns traços-base comuns, que remetem, provavelmente à fase de desenvolvimento de cada um. Isso significa que pessoas criadas e educadas pelos chamados “baby boomers”, muito provavelmente respondem aos medos, inquietações e modelo de felicidade de seus pais.

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Ciente dos desafios da convivência entre as gerações, a especialista não descarta, contudo, os grandes aprendizados que essa experiência traz à sociedade e ao mercado de trabalho de uma forma geral, pois quando um time é composto por membros diversos, a probabilidade de se chegar a soluções criativas aumentam exponencialmente — sem falar no treino do traquejo social e das habilidades interpessoais, que são positivamente impactadas por essa exposição a pessoas de diferentes realidades e gerações.

Partindo desse princípio intergeracional sem volta, é importante que as marcas saibam se adequar a esse cenário que não se deixa pautar necessariamente pela idade. Neste sentido, o case nacional de grande sucesso é o VIVA, da Globosat.

Levando ao ar programas e novelas que fizeram sucesso em outros tempos, podem pensar que o público-alvo seria basicamente composto por saudosistas e fãs desse conteúdo “extinto” dos canais abertos. Mas o que se vê é um número de jovens interessados muito significativo e, mais do que isso, uma troca entre gerações que ocorre em torno da programação.

Com uma alta taxa de engajamento nas redes sociais, a marca soube ser clássica sem envelhecer, pois mantém sua relevância independentemente da época — no melhor sentido atemporal de ser. Essas qualidades estão refletivas na nova identidade visual, como falamos aqui.

É essa curadoria certeira do melhor conteúdo televisivo brasileiro que faz com que o VIVA tenha a reputação que tem, sendo conhecido como um veículo que inspira confiança, aconchego e leveza — e, de quebra, ainda promove o encontro intergeracional.

Um dos poucos canais de comunicação com um projeto que reúne a família toda em volta de única tela, como acontecia antigamente, o VIVA deve ganhar ainda mais espaço com público e anunciantes este ano, justamente pela abrangência e fidelidade de sua audiência — rarefeitas em tempos digitais de múltiplas produções.

Esse resgate televisivo com a lavagem moderna dos memes e discussões saudáveis em mídias sociais que o VIVA encabeça nos mostra que, em casa e no escritório, o futuro pode estar cheio de passado, e eles casam muito bem no presente.

Confira aqui mais sobre as iniciativas do VIVA.

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