Keep Social Weird

SXSW, Social Media, VR, Black Mirror: uma brusca análise de tudo junto e misturado.

Trabalhar com social media envolve acompanhar o engajamento das fanpages administradas. E é super natural identificar um ou dois perfis que interagem frequentemente com o seu conteúdo. Mas alguns são quase irritantes de tão presentes. Não tem nem 10 segundos da publicação, e já salta na tela um comentário daquele ser humano.

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Em vários dos debates do SXSW, falou-se da presença virtual. As estatísticas mostram que a barreira entre online e offline praticamente não existe mais – e o crescimento dos live videos amplia esse movimento. O Twitch, por exemplo é um serviço de broadcast, mais popular na comunidade gamer. Os jogadores transmitem suas partidas ao vivo ou gravadas, interagem com amigos ou qualquer outra pessoa que desejar. As mensagens de incentivo, perguntas e pedidos aparecem no cantinho da tela, pra todo mundo ver.

Até aí nada demais. O que me chocou foi o depoimento de Kirsten (ou KittyStars), uma das gamers mais populares no Twitch. A plataforma em si não monetiza por views como o Youtube – mas é possível realizar doações. Uma das maiores contribuições que Kitty já recebeu para continuar jogando foi de 8 mil. Dólares. Vindo de uma mesma pessoa. o_O

Outro fenômeno que vem ganhando presença no Twitch é o Social Eating, que nada mais é do que ligar a câmera e permitir que as pessoas assistam a você COMENDO em uma mesa. Na mesma linha dos gamers, dá pra trocar uma ideia com os espectadores. Mas com a boca cheia, o mais natural é que isso nem aconteça. É um novo tipo de sociabilidade delimitada apenas pela tela do desktop ou mobile.

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O Social Eating tá que tá na Coréia e no Japão, o que pode ser justificado pelo estilo de vida 80-hour-per-week-job, que sempre dificulta nossos amigos orientais de construir relações de carne e osso.

E pra tornar toda a temática social ainda mais weird, o SXSW apresentou o lado mais ousado da indústria VR: broadcast porn.

A indústria do pornô gera milhões de dólares e agora também já está mais do que pronta para se adaptar a avalanche dos headsets. Já existem atores e atrizes se profissionalizando nesse mercado do VR, entendendo como se posicionar e o que podem ou não falar. Para os casais, há ainda promessa de desenvolvimento de features complementares, para quem quer sentir o cheiro ou o toque do par, mesmo à distância. Sem falar nos robôs preparados pra assumir o lugar das bonecas infláveis…

Tudo muito curioso, muito surpreendente, muito antropológico e MUITO real. Começo a suspeitar que Black Mirror não é ficção, e sim um documentário direto dos bastidores das startups mais bem tecnologicamente servidas.

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