Drum Shed. A regra das 10 mil horas, versão bateria

Quando eu tinha os meus 18/20 anos, resolvi aprender guitarra e fui lá me matricular na escola.

Na segunda aula percebi que não aprenderia nada ali. Aprenderia em casa. A aula era apenas o lugar onde ia buscar os exercícios e corrigir algumas coisas.
Para aprender a tocar guitarra mesmo eu precisaria usar todas as minhas outras horas em que estivesse acordado praticando, praticando, praticando, praticando. Porque um instrumento não é uma conta de matemática que você aprende, entende e pronto. Um instrumento você aprende, mas depois tem que praticar ad nauseum.
Dizem que o Charlie Parker praticava de 8 a 12 horas todos os dias, mesmo depois que já era um músico consagrado (aí mais ainda!) Ele não estava “aprendendo”, ele estava praticando, experimentando, soltando… estava se fundindo com seu instrumento, virando uma coisa só. E essa liga é trabalhosa. São as tais 10.000 horas. Pelo menos.

É o paradoxo do músico: praticar, até esquecer.

O video abaixo é de uma sessão de drum shedding, um treinamento árduo em que os músicos ficam tocando por vários minutos sem parar, só improvisando e fazendo os “drum fills”. Tem um cara no baixo, outro no teclado e duas baterias. E um metrônomo, fundamental.

O video tem meia hora, mas bastam alguns segundos para se encantar. Não precisa assistir tudo.

Repare na leveza, na precisão, nas variações de volume, de intensidade, na rapidez e e na felicidade (importante!) desses caras. Gente misturada a seus instrumentos ficam assim.

DRUMS: Fred Boswell Jr., Anthony Burns, Tim “Figg” Newton, and Quintin Gulledge

KEYS: Terry Harris Jr., Quintin Gulledge

BASS: Ryan Brown

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