O brit-rock da brasileira The Bunker Band

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De carioca, a The Bunker Band não tem nada. Mesmo formada há 15 anos no subúrbio do Rio, a banda independente tem um pé em Londres, prestando homenagem ao brit rock.

Fundada por Samuel (vocal e guitarra), a banda mantém a mesma formação original – com Daniel Gomez (vocal e guitarra), Leonardo Antunes (teclado) e Sergio Scaramelo (bateria e percussão) – exceto pelo baixista Fernando Amaral, que entrou apenas em 2011.

The Beatles, The Charlatans, Oasis e Motion City são algumas das bandas que influenciam a existência da Bunker Band, que traz uma releitura mais moderna do rock britânico, com repertório e arranjos mais pesados – sem o chororô típico do que se espera do estilo (preconceito musical, eu tenho e é chato, reconheço).

Dá para notar como as influências pessoais também aparecem – o baixista Fernando é bem eclético, mas tem como referências Metallica, Pearl Jam e Foo Fighters, o que significa um som menos melódico e muito mais rock ‘n roll. O baterista Sérgio também gosta de variar, buscando inspiração em bandas mais punk e heavy como Bad Religion, NOFX, A7X e Iron Maiden.

O EP ‘The Story Hasn’t Been Told Yet’, primeiro material autoral da banda, foi lançado oficialmente em junho deste ano, e é bem interessante pensar que foi todo gravado e mixado em casa – menos a bateria, que foi gravada em estúdio, dando uma pegada muito mais crua, suja…o que é sempre bom.

As letras em inglês foram uma escolha mais do que natural. Daniel – o responsável pela composição – chegou a compor em português, mas percebeu que as letras fluíam melhor na outra língua. Apesar de eu achar que as bandas brasileiras podem e devem investir mais na nossa língua (que é linda, mesmo sendo tão difícil musicalmente) também lembro que grandes expoentes do rock nacional conseguiram seu lugar ao sol explorando o idioma com letras excelentes, como Sepultura e Angra.

Além da gravação independente na garagem de casa, os caras contam com um luthier como fiel escudeiro – o Seu Samuel, pai dos irmãos Daniel e Samuel. A maioria dos instrumentos e elementos como pedaleiras e amplificadores são feitos e reparados por ele, que apesar de quase não exercer mais a profissão ainda tem uma clientela devotada.

Ao ouvir faixas como “Poor Boy” (referência clara a Aces High do Iron Maiden com a famosa intro do discurso de Churchill) e “The End”, a sensação (e vontade) que dá é de sentar no balcão de um tradicional pub londrino, pedir uma Guinness e curtir os riffs e vocais rasgados. Viva a invasão britânica!

Aumenta o volume e tire suas próprias conclusões:

Pra ouvir no Soundcloud e fazer o download do EP chega aqui.

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