SXSW’15: quando a ficção encontra a realidade

testeirafinal

E chegou o dia. A partir de amanhã, uma porção de gente que tem sede de conhecimento (e de uma experiência que você não tem em outro lugar) vai se reunir em Austin, certamente com a expectativa lá em cima sobre o que vem por aí neste ano.

Um jeito de encarar o SXSW é pensar nele como uma oportunidade de entrar em contato com assuntos que interessam muito mas que às vezes a gente acaba não explorando como poderia. No meu caso, muitas vezes só de ler a programação do evento para escolher os painéis que eu vou assistir já abre uma porção de janelas que merecem continuar sendo exploradas na volta para a casa. (ficou curioso? www.sxsw.com)

E não são poucas as vezes em que a gente se empolga com o assunto mesmo antes de embarcar. Foi isso que me fez começar a ler “Virtually Human: the promise – and the peril – of digital immortality”, de Martine Rothblatt, que vai fazer o keynote do dia 15 e certamente vai ampliar a discussão sobre consciência digital e os limites da relação entre máquinas e pessoas.

No livro, Martine parte do Bina48 (um experimento de intelligent technology que a gente já comentou aqui) para discutir, de um jeito muito gostoso de ler, onde a gente pode chegar nos próximos anos. Já na introdução ela fala sobre uma conversa entre Bina48 e Amy Harmon, repórter do New York Times, em que Bina48 usa o seu repertório, construído a partir da interação com Bina Rothblatt, para articular um insight: ela olha pela janela, reconhece Bina Rothblatt cuidando do jardim e chega à conclusão de que essa é uma experiência que, apesar de ter muita vontade, ela nunca vai poder viver.

E a partir daí começam a surgir questionamentos que estimulam a pensar de verdade em coisas que até então a gente só assistia naqueles filmes que se passam em um futuro tão distante quanto foi um dia o ano de 2015 para Marty McFly. Coisas do tipo:

“É legal começar a pensar sobre essa coisa de mindclone agora, porque é uma parte do futuro que está batendo na nossa porta. E se eu pudesse não só escolher a voz da Siri mas também a sua personalidade? E se eu pudesse dar a um app chamado Mindclone acesso não só às minhas fotos e contatos, mas também aos meus posts e tweets? Será que ele conseguiria me analisar? E será que ele conseguiria se portar como eu?”

Parece roteiro de ficção né? Mas é real, está em desenvolvimento e ainda vai gerar discussões interessantíssimas.

Quer ver Bina48 mais uma vez?

*A cobertura do Update or Die tem o oferecimento do Santander. Apoio cultural do Twitter Brasil e Apex-Brasil, parceria de conteúdo com a Revista Trip e a produtora Lucha Libre áudio.

Receba nossos posts GRÁTIS!
Deixe um comentário

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More