Four Letter J.A.C.O.

paulinho2

ele é o nosso Hendrix

Como baixista de ofício, ouço todos os álbuns e participaçõs de Jaco Pastorius que já foram registradas (desde de que  aprendi a andar).

Imitava o seu jeito único de tocar, copiava o seu timbre com mais médios que o padrão FM (papo chato) e ainda mandei um luthier (aquele cara que faz instrumentos na garagem de casa) fazer um baixo parecido com o dele, com o dinheiro bem mais curto.

Ok. Referências guardadas em meu HD mental, ainda hoje, aparecem quando requisitadas. Porém ao assistir ao documentário sobre a vida e morte de Jaco Pastorious mudei muito de opinião sobre ele.

Antes disso, gostaria de descrever o local e momento que em que assistimos ao filme: Estamos em Austin , em uma atmosfera sensacional de festa e música, tendências, futuro, amigos, hamburgueres, barbecues e comidas que nos deixam como uma betoneira viva. Ao chegar na porta do evento, dividindo o espaçoo da calçada com centenas de de amantes da boa música e de boas cervejas, nos colocamos em uma fila pequena. Eis que surge, Robert Trujillo: produtor executivo, financiador e idealista do filme. Baixista do Metallica que já tocou com o Ozzy, com o sensacional Infectious Grooves e o Suicidal Tendencies… ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh ele é foda! E, de quebra, reconheceu o meu grande parceiro Gustavo Giglio (também baixista e sócio do UoD), o “mr. Chocolate” (para os íntimos), que após esse fato engordou uns sete quilos de orgulho. Não menos que isso, assistimos ao filme ao lado da entidade.

Bem, o filme é intenso e mostra o crescimento e apogeu do artista, junto a bandas como Weather Report, Miles Davis e outros gênios. Mas… a decadência do artista é mostrada de maneira forte e longa. O que nos deixa bem angustiado (poderia ter aliviado mr. Trujjillo). Chega a ser doído e cansativo. Sobre a minha opinião: Ele não foi só o maior baxista do mundo. Ele foi um gênio. Do nível de Charlie Parker, John Coltrane, Miles Davis. Ele foi o ultimo grande gênio do Jazz e, acredito, que será o último.

Hoje em dia tudo é muito burro, rápido e flácido para ter espaco para gênios como ele.

Como sempre digo: arte so é arte quando não tem escrúpulos e, criativamente, Pastorius nao tinha nenhum.

Ouça crisis e saia correndo:

http://www.youtube.com/watch?v=mQZbMbngCAE

Gosta das quatro cordas? Presente:

http://www.youtube.com/watch?v=pZSa9niKKE4

*A cobertura do Update or Die tem o oferecimento do Santander. Apoio cultural do Twitter Brasil e Apex-Brasil, parceria de conteúdo com a Revista Trip e a produtora de áudio Luchalibre.

Receba nossos posts GRÁTIS!
Deixe um comentário

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More