O futuro recente do infonarcisismo

[xdownload icon=”fa-pencil” text=”Frank Wyllys Cabral Lira” url=”http://www.updateordie.com/author/doleitor/” target=”0″]

 

O ser humano, quando criança e quando ainda lhe tanto escapa grande parte da coordenação motora almejada e da possibilidade de usar a linguagem — ou seja: é alguém altamente dependente de outras pessoas — , começa a elaborar para si — no estágio do espelho — uma imagem de si próprio. Tal imagem não o é, mas sim o é de forma perfeita. Esse ser imaginário de si próprio se chama ego ideal. Este ego ideal, ser imaginário do própria criança, se tornará um norte e objetivo de forma de ser a alcançar. A criança, um sujeito em início de vida, crescerá tendo essa relação falaciosa consigo mesmo. O narcisismo que todo ser humano contém seria, em teoria e nos mais variados níveis, originado dessa relação entre meu eu e o eu imaginário. O ser humano, portanto, passaria quase toda a sua vida enamorando uma potência de si mesmo.

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Mas, ainda falando de uma teoria do narcisismo em Jacques Lacan, o processo em que o sujeito se relaciona com uma falsa potência de si mesmo não se realiza sozinho. O outro tem a sua ponta de participação nisso tudo. O primeiro outro que imprime força nesse autoexercício do narcisismo do sujeito é a sua própria mãe, que — quando criança — tanto reflete de forma dialética esse seu eu imaginário como é objeto de desejo desta. Após esse início onde sua busca por alcançar seu eu imaginário é originada pelo desejo de ter a sua mãe por perto — além de prover prazer e conforto para ele — , o sujeito se relacionará narcisisticamente consigo mesmo através de outras pessoas, lutando contra esse ego ideal ao mesmo tempo em que interage com ele. Tal estrutura, impressa de forma irreversível no sujeito, se atualiza a cada relação dele com outros sujeitos. Essa relação é nada mais nada menos do que um feedback, onde busca se identificar no e com a ajuda do outro.

Enfim: gostaria de pontuar que o narcisismo lacaniano que rasamente descrevi não é algo ruim. Tal estrutura é importante. Ela nos permite, por exemplo, nos identificarmos e desejarmos ser heróis ou super-heróis quando criança e nos imortalizarmos através de histórias ou desejarmos ser uma estátua quando adulto. Essa estrutura, por mais que seja para um fim ilusório, nos permite projetarmos em potência. Essa projeção em potência do meu eu em um ato que não existirá, além de constituir o narcisismo — segundo Lacan — também me permite falar da possibilidade de um sujeito digital. Entretanto, antes de me adentrar no sujeito digital e explicitar ainda mais sua relação com o narcisismo, preciso explicar algumas coisas.

Começo minha digressão explicando o que é potência e ato e para isso me baseio inteiramente em Aristóteles.

Potência é a capacidade ou possibilidade de tornar-se alguma coisa, é aquilo que uma coisa pode vir a ser.

Ato é aquilo que a coisa é, é a realização da essência de uma coisa.

Agora fica mais fácil entender quando digo “projeção em potência do meu eu em um ato que não existirá”: o sujeito vai no máximo se aproximar de seu eu imaginário/ego ideal, ainda mantendo a sua qualidade de potência. Por ainda manter alguma potencialidade, nunca será o ego ideal em ato. Potência e ato são opostos/se opõem em seus modos de realização nos entes. No fim e na realidade, o eu imaginário não passa de uma possibilidade.

Todavia, potência tem relação com outra palavra: virtual. A palavra Virtual vem do latim Virtuale ou Virtualis, onde Virtus é o seu radical. Virtus significa, entre outras coisas, potência! Para deixar a relação entre virtual e potência ainda mais transparente, trago aqui um autor que é referência no assunto: Pierre Lévy. Sem necessitar de um contexto da minha parte, apresento abaixo algumas citações recortadas do sei livro Cibercultura.

[su_quote cite=”Pierre Lévy”]

[…] Na acepção filosófica, é virtual aquilo que existe apenas em potência e não em ato, o campo de forças e de problemas que tende a resolver-se em uma atualização. O virtual encontra-se antes da concretização efetiva ou formal (a árvore está virtualmente presente no grão). No sentido filosófico, o virtual é obviamente uma dimensão muito importante da realidade.

[…] Contudo, a rigor, em filosofia o virtual não se opõe ao real mas sim ao atual: virtualidade e atualidade são apenas dois modos diferentes de realidade. Se a produção da árvore está na essência do grão, então a virtualidade da árvore é bastante real (sem que seja, ainda, atual). É virtual toda entidade ‘desterritorializada’, capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais determinados, sem contudo estar ela mesma presa e algum lugar ou tempo em particular.

[…] Repetindo, ainda que não possamos fixá-lo em nenhuma coordenada espaço-temporal, o virtual é real.

[…] O virtual existe sem estar presente.[/su_quote]

 

Ainda acompanhando e concordando com o Lévy, entendo que a cibercultura — e o ciberespaço, lugares onde encontramos o sujeito digital — se relaciona com o virtual direta e indiretamente.

[su_quote cite=”Pierre Lévy”]

Diretamente, a digitalização da informação pode ser aproximada da virtualização. […] No centro das redes digitais, a informação certamente se encontra fisicamente situada em algum lugar, em determinado suporte, mas ela também está virtualmente presente em casa ponto da rede onde seja pedida.

A informação digital (traduzida para 0 e 1) também pode ser qualificada de virtual na medida em que é inacessível enquanto tal ao ser humano. Só podemos tomar conhecimento direto de sua atualização por meio de alguma forma de exibição.

Os códigos de computador, ilegíveis para nós, atualizam-se em alguns lugares, agora ou mais tarde, em textos legíveis, imagens visíveis sobre tela ou papel, sons audíveis na atmosfera.[/su_quote]

 

Conecto os pontos. No real, dentre as coisas que estão nele, está presente tanto aquilo que virá a ser (potência ou virtual) quanto aquilo que é ou está sendo (ato ou atual). A um tempo atrás, o seu acesso a esse texto estava apenas em potência, existia apenas como possibilidade, era um real fantasmático. Agora, nesse exato momento, você progressivamente atualiza esse texto, realiza o ato de lê-lo. Dentro do que foi explicitado pelas citações do Pierre Lévy que aqui coloquei, fica fácil imaginar a tecnologia que facilmente se encaixa como principal dimensão de verificação do virtual. Porém, caso não consiga inferir/concluir do que indiretamente falo, digo agora de forma direta: faço referência a Internet.

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A internet é uma tecnologia telemática recheada de possibilidades. Sua estrutura, modos de realização e atores que dela participam a faz com que cresça de tal maneira que só conseguimos compreender ao olhar o crescimento praticamente infinito de um gráfico baseado em uma progressão aritmética. Aliás: prevendo que agora irei mesclar entre internet e web, copio dois parágrafos de um texto do Eduardo Pinheiro:

[su_quote cite=”Eduardo Pinheiro”]A internet é uma rede de dispositivos onde cada um dos membros recebe um identificador, isto é, um número — o tão famoso IP — endereço de protocolo de internet. Quando um dispositivo obtém o número de outro dispositivo, eles podem receber e enviar dados entre si. Estes são dados brutos: existem várias aplicações que utilizam a estrutura do protocolo, uma delas é a WWW, que muitas vezes chamamos simplesmente de “web”. Outros serviços que funcionam através da estrutura da internet sem ser WWW são, por exemplo, o Skype, os clientes de Torrent, os clientes de email, alguns serviços de nuvem que sincronizam pastas no seu computador, o FTP, o Telnet, e mais antigamente, coisas como o Gopher.[/su_quote]

 

O sujeito se conecta a rede — que é a internet — como ator humano. Entretanto, para se fixar na internet como sujeito, este necessita ter um e-mail. O e-mail é a permissão basilar para o acesso a outras possibilidades na rede. Não digo que a criação de uma conta de e-mail é uma permissão basilar para o acesso a outras possibilidades na rede por nada: sua função ontológica é estabelecer virtualmente o sujeito que somente tem o status de ator humano — enquanto que o IP estabelece o sujeito na rede teleologicamente. Ao criar um e-mail, o sujeito automaticamente ganha um perfil. O perfil, enfim e na dimensão digital na qual a internet ocorre, é a princípio a extensão virtual de um sujeito/ser humano. Claro: atualmente sabemos que robôs ou algorítimos podem assumir a qualidade de sujeitos — por mais automáticos que eles sejam — , mas peço para temporariamente desconsiderar essa realidade.

Ainda falando sobre as bases do sujeito digital, apontar o e-mail como primeira opção de conta e perfil na internet é apenas por questão de convenção. Logo não demora para que o sujeito, se desenvolvendo heuristicamente dentro da internet e principalmente por via da web, comece a descobrir as infinitas possibilidades que os sites perpetram. Consequentemente, além de uma conta de e-mail, o sujeito se engaja na criação de um perfil em uma outra rede social virtual. Listo aqui os preferidos: Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, Vine, Google+, Pinterest, Tumblr, Snapchat, Periscope etc. Aliás: a entrada do termo rede social virtual trás, para seu melhor entendimento, a necessidade de explicar algumas coisas. Realizo portanto mais uma digressão.

Re-elaborar, para mim, significa elaborar e reelaborar. Falo de re-elaborar por eu entender que esta é melhor palavra para descrever os movimentos que ocorrem na internet. É como se uma palavra pudesse conter tanto a ideia e intenção de criar e recriar, construir, destruir e construir novamente. Mas a adoção dessa palavra por mim tem seu motivo: ela é a escolha da correspondência na língua portuguesa para o termo to design feito na tradução do paper Um Prometeu cauteloso? alguns passos rumo a uma filosofia do design (com especial atenção a Peter Slotedijk) de Bruno Latour por Daniel B. Portugal e Isabela Fraga. Projetar seria a escolha primeira para to design, mas elaborar melhor representa o que o autor do paper deseja comunicar. E a relação entre design e elaborar, no contexto do Bruno Latour, tem o sentido de vislumbrar uma filosofia do design, onde cada vez mais o design transcende seu objetivo inicial de adornar os objetos para construir e reconstruir cuidadosamente as coisas — seja essas coisas um iPhone ou uma cidade inteira. Por fim, o design se apresenta cada vez mais como um saber e prática que visa um progresso reacionário frente aos problemas que a complexidade atualmente empreende na humanidade.

Todavia, a dimensão em que a re-elaboração acontece necessita ser infundida em algo, em alguma coisa. Na internet, essas coisas são o conteúdo: a unidade ou conjunto de informações que ocupa, parcial ou totalmente, o espaço de algo. A dimensão e o espaço onde é re-elaborado o conteúdo é o hipertexto. O hipertexto, como forma de apresentação das informações e conteúdos em elementos digitais, é uma estrutura que não somente desterritorializa o saber como também permite a re-elaboração virtual de um sujeito. Tal re-elaboração que o sujeito empreende de si ocorre principalmente nos sites que são classificados como redes sociais virtuais. Redes sociais virtuais se baseiam na relação entre socialização e comunicação. Assim como, através de uma determinada perspectiva da teoria do conhecimento, não é possível definir sujeito ou objeto por um necessitar e inferir a presença do outro em seu conceito e significado, o mesmo ocorre com a socialização e comunicação.

Terminando a minha digressão, explico que digital é o que trabalha exclusivamente com valores binários; onde a informação real é convertida na forma numérica binária. Logo, sujeito digital é todo(a) ente/entidade, taxonomicamente conhecido como Homo Sapiens Sapiens, que tenha uma presença digital — ente que está ou existe em um ambiente computacional de base binária. Voltando as redes sociais virtuais, digo que elas inferem para o sujeito digital duas coisas: potência infocomunicacional como capacidade em acréscimo a sua essência que se ganha quando este adentra no virtual e potência de re-elaboração do eidos pelos conteúdos hipertextuais. O entendimento dessas duas potências é vital para entender a relação entre o sujeito digital e um possível infonarcisismo.

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A potência infocomunicacional — possibilidade de se comunicar com outras coisas ou sujeitos que é exponenciada por tecnologias telemáticas — se origina de duas coisas: IP (do inglês Protocolo de Internet) e IoT (Internet das Coisas). Atualmente estamos passando pela gradual implementação do novo IPv6 e substituição do já velhinho IPv4. Este novo protocolo, frente ao suporte de no máximo 4 bilhões de endereços em IPv4, fornece o inconcebível número de 340 undecilhões (3,4 x 10^38) de endereços. Com relação a IoT, trago o que diz André Lemos baseado no CERP 2009 (Cluster of European Research Projects on the Internet of Things):

[su_quote cite=”André Lemos”]A Internet das Coisas é […] uma infraestrutura de rede global dinâmica, baseada em protocolos de comunicação em que ‘coisas’ físicas e virtuais têm identidades, atributos físicos e personalidades virtuais, utilizando interfaces inteligentes e integradas às redes telemáticas. As coisas/objetos tornam-se capazes de interagir e de comunicar entre si e com o meio ambiente por meio do intercâmbio de dados. As coisas reagem de forma autônoma aos eventos do ‘mundo real/físico’ e podem influenciá-los por processos sem intervenção humana direta.[/su_quote]

Some o IP e o IoT as atuais capacidades de armazenamento digital (no momento em que escrevo esse texto o HD de 1TB está se tornando o novo padrão médio de capacidade de armazenamento de dados em computadores e notebooks. Em smartphones high end a média geral é 32GB, mas pode chegar aos 256GB com 128GB da memória interna com 128GB da memória externa) para termos uma forte potência infocomunicacional atrelada ao sujeito digital. As capacidades informáticas e telemáticas de trabalhar com informações digitais melhoram cada vez melhor e mais rápido, tornando-se mais barata e consequentemente acessível para até mesmo as camadas economicamente mais baixas. Porém, ao trazer a potência infocomunicacional para os movimentos dos fenômenos das redes sociais virtuais, consequentemente necessitamos de outra potência que dê contexto e sentido para o seu uso.

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A potência de re-elaboração do eidos — possibilidade de socializar em rede com atores humanos e não humanos através de informações e conteúdos com algum contexto e sentido — é complementar e interdependente a potência infocomunicacional. Essa potência nos diz que o sujeito digital contém em si um eidos. Eu particularmente entendo o eidos em três sentidos: imagem, ideia e forma. No grego antigo, eidos é imagem. Todavia, eidos é também a raiz etimológica para a palavra derivada — em grego — ideia. Forma poderia ser entendido como uma outra via de tradução de eidos para o português, mas só mantem alguma proximidade com a raiz etimológica e é sinônimo tanto de imagem quanto de ideia. Para o eidos se estabelecer como capacidade do sujeito digital a ponto de tornar-se uma potência é necessário, basicamente, envolver e trabalhar o conteúdo digital que o sujeito digital tem de si com algum contexto e sentido. Quando isso ocorre, o eidos é re-elaborado no sujeito digital nos três entendimentos aqui apresentados. O da imagem é onde ocorre a sua constituição básica, associando a si as informações que são indispensáveis para identificá-lo. O da ideia diz respeito a complementação contínua e complexa do conteúdo básico que constitui este sujeito, enquanto que a forma é sobre a possível compreensão hipertextual que este e outros atores podem ter. O eidos do sujeito digital, no fim, se re-elabora proporcionalmente e na medida do possível aos conteúdos físicos do real que constituem o sujeito físico.

Deixado bem claro o que é internet e web, sigo em frente. O sujeito, mais do que um ator humano que se conecta a rede, se re-elabora digitalmente através da internet. Como? Através, no mínimo, de uma conta e um perfil. Considerando que o uso e acesso a tais contas e perfis ocorre principalmente na web, o conteúdo concernente a estes elementos se re-elabora de forma hipertextualizada. O sujeito, com a permissão de uma conta e com as possibilidades que um perfil proporciona, pode re-elaborar a si mesmo virtualmente. Portanto, pela dimensão do digital na qual o virtual informático se assenta, o sujeito acrescenta para si a realização de um conjunto de potências praticamente inumeráveis. O sujeito digital, que também pode ser considerado um eidos, se re-elabora através de potências digitais advindas de um constante construir-e-cuidar que primitivamente tem origem no narcisismo. Por fim, o sujeito digital é a realização de um infonarcisismo.

Esse pequeno ensaio, até a proposição do último parágrafo, serve de fundamentação para que eu pudesse dar segurança de afirmar tal coisa. Num momento do século XXI em que muito se associa o narcisismo a exacerbação de determinadas possibilidades informáticas, julgo ser muito fácil e até mesmo preguiçoso já propor tal explicação para um fenômeno facilmente verificável. Nem tudo aquilo que se apresenta a nós perante a realidade é de nossa inteira compreensão. Uma imagem em si não é aquilo que se apresenta a nós em uma tela e através de um programa de reprodução desta, mas sim um conjunto as vezes inconcebível de dígitos binários fixados em um disco. Nós geralmente não vemos a imagem em sua essência, mas sim a sua atualização para o padrão humano de entendimento da realidade. Quando digo que não existe somente um narcisismo, mas sim um infonarcisismo, abro aqui caminhos antes não visualizados e que reforçam ainda mais a complexidade em que estamos inseridos.

O que liga o narcisismo a informática é uma estrutura ontológico de potência que cada um dos dois compartilha, independente dos diferentes fins onde cada um chega. Assim como clinicamente nem todo mundo é identificado como narcisista — por mais que, segundo Lacan, aparentemente todos tenham em si essa potência -, nem todos fazem custoso investimento na re-elaboração dos seus sujeitos digitais. O que aponto como provável base das críticas empreendidas a equipamentos, comportamentos e possibilidades informáticas com relação ao narcisismo seria a exacerbação destes no compartilhamento dos nossos atos. Não é que uma geração inteira possa ser infonarcisista, mas sim que apenas não estamos acostumados a ter tão próximo de nós uma grande quantidade de conteúdo privado. E, tendo ainda essa grande quantidade como algo já comum, o infonarcisismo seria visualizado como a exacerbação da exacerbação, uma alta prioridade ao nosso eidos privado que torna-se, recortadamente e cada vez mais, público.

Porém, temos de considerar o que podemos ver de infonarcisismo daqui para frente. Dentro de um período de tempo em que este possa ser chamado de futuro recente, o infonarcisismo só tem a aumentar em suas possibilidades já incutidas na sua essência. Com a inserção cada vez mais bem feita de coisas conectadas a internet, nosso narcisismo informático não somente versará sobre as fotos, vídeos e textos que produzimos ou que produzem sobre nós, mas sobre tudo aquilo que basicamente concerne ao nosso bem estar. A digitalização de nossas informações corporais e a sua relação com as empresas será maior, onde a relação entre o público e o privado fica mais turva. O futuro recente do infonarcisismo, aparentemente, nos apresenta atos cada vez mais públicos de coisas que geralmente foram privadas.

Eu só espero que a minha geração não caio no atual erro de chamar a próxima de narcisista, esquecendo as bases da nossa compreensão rasa desse tipo de comportamento.

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