Estou devorando tudo que encontro pela frente sobre a repentina morte de David Bowie. Incluo na lista o belo post do Updater Paulinho Corcione: Para sempre, David Bowie. Todos os nomes da música que fizeram, assim como Bowie, o período entre 1969 e 1974 os melhores anos da produção musical na face da terra, tem algo a dizer sobre o artista mais George Orwell da história.
Estou seguro que Bowie planejou tudo. Sabe aquele filme sessão da tarde, P.S. I love you… Desculpe a comparação boba, mas foi a que me veio na cabeça enquanto escrevo essa teoria. Poxa, pega as letras do cara, as melodias. David sumiu nos últimos 12 anos. Aparecia quando, como e sempre que queria. Lançou um disco no dia do seu último aniversário e partiu.
A prova definitiva vem desse relato do produtor e músico Brian Eno, numa tradução livre, e minha, leia a inacreditável, reveladora e profunda mensagem de Eno. Até nisso Bowie pensou, no receptor. Não duvido.
“A morte de David foi uma enorme surpresa, como quase tudo mais sobre ele. Eu sinto uma enorme lacuna agora. Nós nos conhecemos há 40 anos, em uma amizade que sempre foi tingida por ecos de Pete e Dud. Ao longo dos últimos anos – com ele vivendo em Nova York e eu em Londres – nossa conexão foi por e-mail. Nos despedíamos com nomes inventados: ele usava alguns como Mr Showbiz, Milton Keynes, Rhoda Borrocks e The Duke of Ear.
Cerca de um ano atrás, começamos a falar de Outside – o último álbum que trabalhamos juntos. Nós gostávamos muito daquele álbum e sentíamos que tinha caído através das rachaduras. Nós conversamos sobre revisitá-lo, levá-lo a algum lugar novo. Eu estava ansioso para isso.
Eu recebi um email dele há sete dias. Foi engraçado como sempre, e surreal, um loop de jogos de palavras e alusões e todas as coisas habituais que fazíamos. Ele terminou com esta frase: “Obrigado por nossos bons momentos, Brian. Eles nunca vão apodrecer “. E assinou ‘Alvorecer’.
Eu percebo agora que ele estava dizendo adeus.”
Aqui o texto original de Brian.
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